Mark Driscoll fala sobre a sabedoria para a educação de filhos

Mark Driscoll fala sobre a sabedoria para a educação de filhos

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:38

Nós aprendemos a ser pais de nossos filhos conforme buscamos tratá-los da forma que o nosso perfeito Papai tem cuidado de nós, seus filhos. Nosso objetivo supremo deve ser que nossos filhos desenvolvam seu amor e adoração ao nosso Deus. Esse método simples é repetido muitas vezes por toda a Escritura, quando ela diz que uma geração específica adorou o Deus de seus pais, porque Deus deseja que os filhos adorem o mesmo Deus que seus pais.

A sabedoria para a educação de filhos está espalhada por toda a Escritura, e concentrada mais especificamente em Provérbios. Em Provérbios 3.11-12, o pai diz “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem”. Antes de disciplinar seus filhos, ao pai é ordenado que os ame. Na prática, isso significa que a maior parte do tempo do pai é investida em aproveitar seus filhos, encorajá-los, rir com eles, ser afetivo com eles, e amá-los de tal forma que haja um forte laço de alegria e amor entre o filho e seu pai.

Disciplina e provisão Parte desse amor também inclui disciplinar seus filhos conforme o necessário para mantê-los em um caminho de retidão e sabedoria. Esse padrão deve ser moldado pelo pai que tem Deus como seu pai e alegremente recebe instrução e correção de Deus, o pai, e de outras autoridades que Deus tenha colocado sobre ele (por exemplo, a liderança da igreja). Assim, um pai piedoso molda a submissão à autoridade e a correção ao arrepender-se de seus pecados, ser perdoado e caminhar na intimidade restaurada com o Pai por meio da graça. Na prática, isso significa que um bom pai vive o evangelho diariamente em comunhão com Deus e com seus filhos, e ele sabe o que fazer com o pecado na vida de seus filhos porque ele já tem lutado contra os seus próprios. Um bom pai sabe o que fazer com o pecado na vida de seus filhos porque ele já tem lutado contra os seus próprios. Provérbios 14.26 diz “Aquele que teme o Senhor possui uma fortaleza segura, refúgio para os seus filhos”. Infelizmente, nosso mundo não é um lugar muito seguro para crianças, conforme indicam várias estatísticas sobre abandono, abuso e estupro indicam. Mas Deus diz que o lugar mais seguro para crianças é junto de um homem que teme o Senhor. Homens que temem Deus recebem a sabedoria de Deus e usam suas forças para criar uma fortaleza de proteção e provisão ao redor de seus lares, para que suas esposas e filhos possam viver livremente e felizes, debaixo de seu cuidado. Na prática, isso significa que um pai piedoso não permite que seus filhos estejam na casa de pessoas que ele não conhece, é muito cuidadoso ao supervisionar o namoro de suas filhas, e percorre grandes distâncias para garantir que a segurança é prioridade em tudo, desde onde a família reside a com quem eles se relacionam e quem é recebido em sua casa.

Arrependa-se da preguiça Provérbios 20.7 diz “O homem justo leva uma vida íntegra; como são felizes os seus filhos!”. De forma similar, Paulo diz aos coríntios que quando ele era uma criança, ele agia como tal, mas quando ele se tornou um homem, ele deixou as atitudes infantis para trás (1 Coríntios 13.11). É imperativo que os pais cristãos se arrependam de suas atitudes infantis (como preguiça, cobiça, reclamação, bebedeira, passatempos juvenis, negligenciar a família na busca por hobbies, modo de vida dispendioso, e por aí vai) porque seus pecados afetam as vidas de seus filhos e netos. Pais preguiçosos são desobedientes a Deus mas querem que seus filhos os obedeçam. Tais pais podem dar bons conselhos, mas isso é obscurecido pelo volume da hipocrisia tola de suas vidas. Provérbios 26.7 é um aviso contra homens assim, dizendo “Como pendem inúteis as pernas do coxo, assim é o provérbio na boca do tolo”. Sabedoria não é apenas o que um pai diz, mas também seu estilo de vida e o grau de proximidade entre suas palavras e suas ações. Pais tolos falam coisas como “Bom, faça o que eu digo, não faça o que eu faço”, e o que eles realmente estão dizendo é “sou um completo hipócrita, mas sempre faça o que eu te mandar fazer”. Provérbios diz que esses homens falam sem autoridade e seus filhos vão ignorá-los ou zombá-los como sendo hipócritas engraçados e tolos. Tragicamente, essas crianças muitas vezes enfrentam as piores adolescências, porque não tem um pai sábio para buscarem sabedoria em uma cultura de tolices, e aí são presas fáceis para muitos pecados e sofrimentos.

A coroa dos idosos Enquanto tolos são consumidos pelo presente, a sabedoria olha para o futuro. Provérbios 17.6 nos leva a olhar para o futuro, dizendo “Os filhos dos filhos são uma coroa para os idosos, e os pais são o orgulho dos seus filhos”. O que Deus está ensinando aqui é que jovens deveriam pensar no tipo de avôs que aspiram ser antes mesmo de procurar uma esposa, porque eles tem muito o que fazer para chegar lá. Homens piedosos aspiram ser bons pais e bons avôs, como Jonathan Edwards, o maior teólogo americano, que orava todos os dias pelas cinco gerações de sua descendência na esperança de ser um patriarca como Abraão. A sabedoria permite ao pai enxergar que a maneira que ele vive afeta o tipo de filhos que ele cria, o que afeta o tipo de filhos que seus filhos vão criar por sua vez. Filhos e filhas deveriam olhar para seus pais e dizerem com orgulho “esse é o meu pai!” com gratidão pelo pai que Deus deu a eles, mesmo que haja inevitavelmente algumas ocasiões em que pensarão de forma diferente até que a distância entre eles criada pelo pecado seja removida pelo evangelho.

Um nome compartilhado Assim, se um homem quer ser um bom pai, ele precisa começar a viver de tal forma que seus filhos celebrem sua vida e o respeitem como um homem digno. Da mesma forma, seus netos farão a mesma coisa, e as gerações dirão bem dele muito tempo após sua morte. Assim, um pai começa a refletir, mesmo que em um grau decaído e limitado, Deus, que é seu pai. Por exemplo: um dos maiores elogios que alguém já me fez veio da minha filha Ashley que, aos quatro anos de idade, me disse “tenho muita sorte de ter dois papais. Você é meu papai, e Deus é meu papai”. Quando ela disse isso, me dei conta do incrível privilégio de compartilhar o honrável título de “pai” com Deus na mente da minha pequenina. Deus compartilhar seu nome conosco é um assunto sagrado que devemos levar muito a sério.   Por Mark Driscoll Via Iprodigo

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