A Revista Veja desta semana traz na capa a chamada "Nos bastidores da 'Cura Gay".
A matéria tendenciosa visa mostrar como alguns líderes e igrejas evangélicas trata o assunto dentro dos templos.
"Depende de você saber que está no caminho errado e fazer a vontade de Deus. Leia este livro, 'Jesus, a Vida Completa', frequente os cultos, ore e abandone a vida de prazeres da carne. O caminho será um processo natural, pode ter certeza", diz a pastora Maria do Carmo Moreira.
Esse parece ser o único comentário coerente, já que as outras declarações fogem do que seria a conduta correta de um verdadeiro pastor. Também não há como saber de que forma os comentários foram editados e inseridos na matéria.
Em determinada parte da reportagem, o repórter compara os tipos de tratamentos que os homossexuais recebem dos líderes. Uma frase do teólogo Paulo Sérgio Lopes, da PUC Campinas, é citado: "Os fundamentalistas tomam ao pé da letra alguns trechos, esquecendo de outros nos quais Jesus prega o acolhimento e o amor aos excluídos".
O presbítero Eduardo Rocha, da Igreja Sal da Terra, conta seu testemunho de conversão na matéria. Ele era o transformista conhecido como Grevâniah Rhiuchélley. Sentindo atração por meninos desde os 12 anos de idade, ele passou a se vestir de mulher aos 16 anos.
A conversão de Eduardo começou em uma rave, quando ouviu uma voz dizer que o Senhor mudaria sua vida.
"Eu debochava de religião, não tinha respeito por Jesus (...) O processo não foi traumático ou agressivo, mas muito difícil", disse ele sobre a transformação.
As pastoras Lanna Holder e Rosania Rocha, lésbicas assumidas e líderes da Comunidade Cidade de Refúgio, também aparecem na reportagem.