As estatísticas assustam e muitas pessoas defendem a legalização do aborto no Brasil como questão de saúde pública. É o caso de Rosângela Talib, da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, que debateu nesta quarta-feira (29), com o pastor Levino de Jesus (PRB), o direito das mulheres em decidir pelo aborto.
Em todo o Brasil existem cerca de 60 centros de serviços legalizados para a realização de abortos. Entretanto, as estatísticas de mulheres que realizam abortos inseguros assusta. Por ano, mais de 1 milhão de mulheres ingerem medicamentos, vão a clínicas ilegais ou introduzem objetos no corpo para levar ao aborto, disse Rosângela Talib.
No país, apenas dois casos possuem respaldo legal para justificar o aborto. São eles: os casos em que a vítima de estupro engravida e nas situações em que a manutenção da gravidez representa risco de morte para a mãe.
Entendo que são situações difíceis, mas apenas Deus tem o direito de decidir pela vida de uma pessoa. O aborto fere todos os princípios religiosos que qualquer pessoa possa ter, defende o vereador pastor Levino de Jesus.
A representante da ONG Católicas pelo Direito de Decidir critica a legislação brasileira, que desde 1940 mantém-se contra o aborto no país. Para Rosângela Talib, o caso deve ser enfrentado como problema de saúde pública.
Muitas mulheres estão morrendo. As que não morrem ficam estéreis ou apresenta problemas de saúde que oneram mais o Estado do que o aborto. Acredito que está na hora de reaver essa discussão antes que mais gente morra, disse.
Acredito que enquanto há vida devemos brigar para defender esse direito. Ao meu ver, caso seja legalizado a prática, mais abortos serão realizados no país. Sou totalmente contra, posiciona-se o pastor Levino.
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