Militantes LGBT planejam fazer protesto em cultos que terão testemunhos de ex-gays

A Conferência 'Hope 2017' realizará uma série de cultos com testemunhos de pessoas que lutaram contra a homossexualidade, em San Diego (EUA).

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: sexta-feira, 16 de junho de 2017 às 17:13
Militantes LGBT protestam em ruas dos EUA. (Foto: NewNowNext)
Militantes LGBT protestam em ruas dos EUA. (Foto: NewNowNext)

Mais de 850 ativistas LGBT estão se preparando para protestar contra uma conferência cristã que abordará a homossexualidade e a identidade transgênero de um ponto de vista bíblico, neste fim de semana em San Diego.

A conferência de dois dias, intitulada 'The Hope 2017' ('A Esperança 2017'), que começa nesta sexta-feira e será realizada na igreja 'City View', é organizada pela 'Rede de Esperança Restaurada' e promete "poderosos ensinamentos bíblicos, dezenas de oficinas, momentos de louvor e histórias de vida inspiradoras daqueles que lidaram com homossexualidade ou identidade transgênero e foram transformados por Deus".

Os ativistas LGBT, que criaram uma página no Facebook intitulada "The Big O'Gay Anti-Conversion Therapy Protest" ("Protesto Contra a Terapia de Conversão Gay"), argumentam que a chamada "terapia de conversão gay" - também conhecida como "cura gay" no Brasil - é uma "prática abusiva e mortal que visa jovens LGBTQ".

Gina Roberts, uma transgênero e líder local do grupo militante questionou em um artigo do jornal 'Times of San Diego' como uma conferência poderia ser realizada na Califórnia, onde a terapia para menores que visa mudar a orientação sexual é proibida.

Anne Paulk, diretora executiva da Restored Hope Network - realizadora do evento - disse que a conferência "não procura infrigir a lei", no entanto.

Paulk referiu-se aos detalhes da página de inscrição do evento, que afirma: "Os indivíduos menores de 18 anos terão sua participação permitida, se acompanhados pelos pais ou responsáveis. Nenhum aconselhamento será fornecido para menores de idade".

Ela ainda esclareceu que a lei da Califórnia "não é um método de aconselhamento, mas um objetivo para os adolescentes" e "aplica-se apenas aos menores de 18 anos, impactando os conselheiros licenciados no Estado".

Roberts argumentou que "os maiores casos de estresse pós-traumático que já conheceu ocorreram crianças" que sofreram com esforços de mudança de orientação sexual.

"Eles foram seriamente prejudicados, se tornaram quase suicidas e não deixaram de ser homossexuais", argumentou a ativista LGBT.


Tolerância de ambos os lados
Mas Paulk disse ao mesmo jornal que a tolerância é "uma rua de mão dupla" e que, assim como os organizadores da conferência planejam ser gentis com os manifestantes LGBT, ela espera que os ativistas possam respeitar os participantes dos cultos.

"Esperamos que o respeito e a liberdade de deixar a homossexualidade, tanto quanto respeitamos o seu direito de permanecerem homossexuais ou transgêneros", afirmou Paulk. "A tolerância é verdadeiramente uma rua de mão dupla. Aqueles que não desejam deixar as relações homossexuais não falam por aqueles que querem abandonar a homossexualidade".

Janet Mefferd, um radialista cristão que está programado para falar no evento cristão, em San Diego, afirmou que "a conferência está focada na esperança do Evangelho".

A Rede de 'Esperança Restaurada' é uma coalizão de ministérios "que serve aqueles que desejam superar problemas pessoais e relacionais pecaminosos em suas vidas e aqueles impactados por esse comportamento, particularmente a homossexualidade".

A rede também serve aqueles que estão em conflito com sua própria identidade de gênero, bem como pessoas "impactadas pela dificuldade de assumir uma identidade de pai, filho, membro da família, pastor, líder ou amigo".

"Há apenas um alguém que tem tudo o que é necessário para a vida e a piedade - e Ele pretende que você tenha um futuro e uma esperança", afirmou um texto da organização sobre o evento.

A conferência 'Hope' deste fim de semana contará com os palestrantes Joe Dallas, um conselheiro pastoral ordenado; Mefferd; Linda Seiler, que lutou contra sua identidade de gênero por mais de duas décadas; E Andrew Comiskey, que lutou contra a atração homossexual.

 

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