Ministério Billy Graham resolve fechar conta no banco Wells Fargo depois de anúncio com casal gay

Na última quinta-feira (11), Franklin Graham esclareceu sua posição sobre a mudança para um novo banco em um artigo publicado no site USA Today. Confira o artigo na íntegra.

Fonte: Guiame, com informações de Charisma NewsAtualizado: quarta-feira, 17 de junho de 2015 às 21:31
Ele também não mais fará compras na Tiffany’s, joalheria que lançou anúncios comerciais de anéis de casamento para duplas gays.
Ele também não mais fará compras na Tiffany’s, joalheria que lançou anúncios comerciais de anéis de casamento para duplas gays.

 

Franklin Graham, filho do famoso pregador Billy Graham, revelou que a Associação Evangelística Billy Graham está mudando suas contas do Wells Fargo para outro banco. Ele também não mais fará compras na Tiffany’s, joalheria que lançou anúncios comerciais de anéis de casamento para duplas gays.

O anúncio gerou repercussão nos Estados Unidos e até no Brasil, onde alguns veículos de imprensa fizeram relação com o boicote contra O Boticário sugerido pelo pastor Silas Malafaia.

Na última quinta-feira (11), Graham  esclareceu sua posição sobre a mudança para um novo banco em um artigo publicado no site USA Today. Confira o artigo na íntegra:

Artigo de Franklin Graham

“A Associação Evangelística Billy Graham não decidiu mudar as contas bancárias do ministério do Wells Fargo, simplesmente porque o banco com sede em São Francisco é ‘simpatizante’. Na verdade, transferimos nossas contas para o BB&T com base em Winston-Salem, na Carolina do Norte, que também é amplamente considerado simpatizante. Na verdade, pode surpreender a alguns eu achar que toda empresa deve ser simpatizante. Por isso, quero dizer que pessoas de negócios devem amigáveis com clientes gays e outros cidadãos. Nós devemos ser amigáveis a todos, mesmo quando estamos em desacordo com eles.

Ambos os bancos nacionais são altamente classificados no índice da Campanha de Direitos Humanos criado pela Corporate Equality – ranking de empresas que promovem a igualdade no local de trabalho para lésbicas, gays, bissexuais e trans. Então, por que nós nos movemos de um banco para o outro? Porque, em nossa opinião, Wells Fargo foi além, sendo um defensor público do homossexualismo em uma propaganda de TV, representando um estilo de vida que nós, como uma organização cristã, acreditamos ser biblicamente errado. (O anúncio contou com um casal de lésbicas junto a seu filho adotado.)

Agora, eu percebo que nossos críticos serão rápidos em apontar três coisas: que o nosso novo banco, o BB&T, patrocinou a festa Orgulho Gay em Miami Beach; que Wells Fargo não estava defendendo, mas simplesmente se tornou alvo da população em geral para o segmento das empresas; e que a mudança de bancos por esta razão não parece muito simpatizante.

É verdade que uma filial da BB&T na área de Miami organizou uma arrecadação de fundos para um programa chamado Casais do Legacy, que reconhece casais do mesmo sexo que estejam em relacionamentos por 10 anos ou mais; mas o banco não promove este programa através de uma campanha publicitária nacional (ou ainda estaríamos à procura de outro banco).

Quanto à segunda crítica, se Wells Fargo tivesse executado um anúncio de TV baseado na fé contra a prática do aborto, estou certo de que alguns clientes "pró-escolha" se oporiam à defesa do banco. Numa economia de mercado livre essas coisas funcionam nos dois sentidos –como deveriam. Vimos que em 2012, ativistas LGBTs pediram um boicote à cadeia de restaurantes Chick-fil-A por causa dos pontos de vista pessoais do proprietário, que é cristão, sobre o casamento do mesmo sexo. Enquanto isso, outras meio milhão de pessoas se reuniram em apoio à empresa, dando-lhe o melhor dia de vendas na história da empresa e um ano recorde global.

Acho que há uma diferença entre ser simpático e ser um defensor público. Ao ficar em Wells Fargo, não estaríamos apenas nos associando com a promoção de um estilo de vida que acreditamos ser errado, mas também estaríamos realmente ajudando a pagar por esses anúncios, porque um banco não tem dinheiro para fazer propaganda com exceção do dinheiro que seus clientes depositam em sua confiança e os juros sobre esse dinheiro. Nós simplesmente optamos por não continuar a fazer negócios com um banco que está promovendo algo que viola a nossa consciência e crenças.

Em terceiro lugar, ser simpatizante não é opcional, especialmente para aqueles de nós chamamos de cristãos. O próprio Jesus deu um ultimato no Evangelho do Novo Testamento de João: ‘Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei; que dessa mesma maneira tenhais amor uns para com os outros’.  Da mesma forma, não somos chamados a aceitar ou endossar qualquer coisa que vá contra o que as Escrituras ensinam, o que significa que podemos nos opor a um anúncio de TV promovendo a casa de uma criança adotada por mães lésbicas, e ainda assim amar aqueles que estão representados no anúncio.

Finalmente, embora eu acredite que milhões de americanos compartilham meus pontos de vista sobre este assunto e minhas crenças sobre o casamento do mesmo sexo, eu também percebo, com base em pesquisas e tendências (e uma decisão pendente do Supremo Tribunal), que eu poderia logo me encontrar em uma minoria. Mesmo assim, minha posição não é baseada em pesquisas de tendências, ventos políticos ou pela sabedoria da Suprema Corte. Baseia-se na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada escrita há mais de 2.000 anos, e esse documento não está sujeito a alteração ou revisão."

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