Capacetes, coletes e peças de couro com spikes pontiagudos. Para muitos, essa pode ser a descrição de um motociclista em seu tradicional esteriótipo; para outros, um estilo de vida que pode levar à salvação em Jesus Cristo.
Foi assim que a equipe ‘Esquadrão de Cristo’ escolheu pregar o evangelho: em cima das duas rodas. O Ministério Motociclístico surgiu em 2002, em Brasília, com o jovem André Fernandes — um frequentador assíduo dos moto clubes do Distrito Federal.
Ao notar a necessidade de ações de evangelismo voltadas ao público motociclista, André resolveu vender espetinhos e salgados dentro dos locais de reunião dos moto clubes. Entre uma venda e outra, o amor de Jesus Cristo passou a ser conhecido.
Assim surgiu o Esquadrão de Cristo, conhecido por seu brasão amarelo, em formato de cruz. “Escolhemos a cor amarela para de longe chamar atenção. Assim, quando as pessoas vêm até nós e nos perguntam quem somos, nós podermos dizer qual é a razão da nossa fé, que é Jesus Cristo”, disse Giba, diretor da base em São Paulo, em entrevista ao Guiame durante a CBB 2016.
Esquadrão de Cristo é conhecido por seu brasão amarelo, em formato de cruz. (Foto: Guiame/ Marcos Paulo Corrêa)
Desde 2002, diversas bases do grupo de espalharam pelo Brasil, e até mesmo em outras partes do mundo. Em São Paulo, a equipe que é dirigida por Giba desde 2011, é composta por cerca de 16 pessoas, entre mulheres e crianças.
Além disso, o grupo está presente em cidades como Recife (PE), Catalão (GO), Brasília (DF), Goianésia (GO), Telêmaco Borba (PR), Curitiba (PR), Salvador (BA), e nos estados de Alagoas, Piauí e Sergipe. Itália, Havaí e Flórida (EUA) também possuem representantes do projeto.
Estratégias
Para evangelizar os motociclistas, o grupo possui ações específicas. As “rodas” são reuniões que acontecem todas as sextas feiras, às 19h30, na Praça Princesa Isabel, localizada próxima ao centro do comércio de motos em São Paulo. “Sentamos na praça, trocamos uma ideia, falamos da palavra da Deus, cantamos alguns louvores, oramos juntos e as pessoas vão se atraindo”, explica Giba.
Giba, diretor da base em São Paulo, em entrevista ao Guiame durante a CBB 2016. (Foto: Guiame/ Marcos Paulo Corrêa)
Uma outra estratégia são as visitas aos clubes tradicionais. “Somos um MM (Ministério Motociclístico), não um MC (Moto Clube), como são os brasões dos tradicionais. Então nós temos que cumprir o ‘ide’ de Jesus, quando Ele nos diz: ‘Vá e faça discípulos, pregue em Jerusalém e Samaria’. Nossa Samaria e nossa Jerusalém são os moto clubes tradicionais”, afirma Giba.
Os “Moto Cultos” também são outra marca registrada do Esquadrão de Cristo. Os cultos acontecem na Primeira Igreja Batista de São Paulo, de forma completamente contextualizada. “Colocamos motos no palco, vestimos coletes, colocamos nossos capacetes à frente e chamamos os donos para orar por eles. Entregamos um adesivinho escrito ‘abençoado’, para ele colar no capacete e sempre se lembrar”, relata o diretor.
Para evangelizar os motociclistas, o grupo possui ações específicas. (Foto: Guiame/ Marcos Paulo Corrêa)
Reconhecimento
Giba conta que por sua história de 12 anos, o Esquadrão de Cristo é muito respeitados nos moto clubes tradicionais.
“Vou te dar um exemplo. Às vezes você chega no moto clube, na sede deles, e eles estão lá bebendo cerveja, fumando cigarro. Quando nós entramos, eles dizem: ‘Opa, o pessoal do Esquadrão chegou’. Mas eles nos abraçam e nos respeitam. Uma coisa é a gente buscar o respeito das pessoas, outra é nós sermos respeitados”, afirma.
Para evangelizar os motociclistas, o grupo possui ações específicas. (Foto: Guiame/ Marcos Paulo Corrêa)
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