Nascida de uma mãe americana em uma família muçulmana conservadora, Aisha tinha cometido muitos “pecados”, segundo o islamismo: primeiro ela questionou Alá, Maomé, o Alcorão e por fim, a salvação.
Mesmo que sua família estivesse enraizada no Islã, seu pai era um alcoólatra que a espancava e cuspia nela.
“Ele me chamava de nomes que nenhum pai deveria chamar uma filha”, diz ela.
Apesar de seu vício, ele tentou manter religiosamente as tradições do Islã em casa. Com isso, Aisha não encontrou amor, nem na família, nem na religião.
“Senti que nunca conseguiria acompanhar ou corresponder ao que era esperado de mim”, diz ela. "E minha família não gostou muito dos meus questionamentos".
A mãe de Aisha ficou mortificada com a crise em que a família vivia. Ela chegou a temer por sua própria vida. Então, pediu ao marido que pudesse se mudar com com os filhos para os Estados Unidos, onde eles poderiam aprender inglês e ter melhores perspectivas de emprego.
O marido concordou e ela se mudou com os filhos no ano 2000, enquanto ele permanecia na Jordânia. Nesse período de tempo, seu alcoolismo só piorou.
Morando nos EUA, Aisha ainda buscava ser amada e arranjou um namorado no colégio e engravidou aos 17 anos. Deitada no chão do banheiro com o teste de gravidez positivo, ela chorou. Ela não podia contar ao pai; ele poderia matá-la por causa do apelo do Islã, alegando o direito à ‘morte por honra’".
“Ele teria me assassinado, literalmente”, diz ela.
Aisha também não podia contar para a mãe, pois ela contaria a seu pai.
Sentindo que não tinha opções, ela fez a terrível escolha de matar seu bebê, fazendo um aborto.
“Isso foi muito difícil para mim, porque sempre valorizei a vida”, diz ela. “Eu sempre sonhei acordada sobre como seria segurar meu bebê um dia. Ter passado por isso foi muito devastador para mim. Eu lutei contra a vergonha, o constrangimento, a depressão, a ansiedade e a autoestima”.
Sua tentativa de preencher o vazio com coisas do mundo a deixou vazia.
“Eu estava descendo uma espiral perigosa, escura e descendente”, ela admite. “Eu sabia que meus pecados eram profundos e imperdoáveis no Islã. Eu sabia que era extremamente odiado por Alá”.
Surpreendida em seu clamor
Em sua busca por perdão e esperança, ela realmente abriu o único “livro sagrado” que conhecia e leu a Sura 4: 168-169, do Corão, que diz: “Aqueles que descrêem e cometem erros, Alá nunca os perdoará, nem os guiará por um caminho. Exceto o caminho do Inferno”.
“Lembro-me de ter lido isso e de sentir muito medo e desesperança”, diz ela.
"Alá, eu não sei quem você é. Eu não sei se você ainda existe”, ela orou. “Tenho orado a você há 27 anos e nunca senti sua presença”.
Ela chorou amargamente. Nas profundezas do desespero, sua mente começou a pensar em suicídio.
“Se não há forma de perdão para mim no Islã, qual é o sentido de eu viver?”, ela argumentou.
Então, aconteceu algo totalmente inesperado.
“Enquanto chorava, ouvi uma voz muito claramente”, lembra ela. “Eu a ouvi me dizendo o nome ‘Jesus’”.
Com lágrimas escorrendo pelo rosto, ela olhou para o céu e ergueu as mãos.
"Jesus, eu não sei quem você é, mas se você é quem eles dizem que você é, por favor, revele-se para mim, porque eu não posso mais viver a vida assim", ela orou.
“Foi a primeira vez que me senti diferente ao orar, clamando por qualquer forma de paz”, lembra ela.
Recomeço
Aisha encontrou um novo namorado, que era diferente. Um dia, ela viu uma Bíblia no quarto dele. Ela pediu para ir à igreja com ele e participar dos estudos bíblicos com os avós dele, que ela observava e achava um tanto intrigantes.
“Eles tinham essa alegria, esse amor, essa paz e essa liberdade”, ela diz. “Eu sempre quis o que eles tinham”.
Então, ela se deparou com a passagem bíblica de Romanos 5: 8: “Mas Deus prova seu amor por nós, que, enquanto éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós”.
Era um contraste gritante com o que ela havia lido no Corão.
“O amor de Deus por nós não é uma resposta à nossa bondade, mas apesar da nossa falta de bondade”, diz ela. “Naquele momento, percebi como é diferente ser muçulmano e ser cristão”.
Frutificando
Aisha entregou sua vida a Jesus, nasceu de novo e então foi batizada.
Por anos, ela lutou contra a raiva que sentia de seu pai. Quatro anos atrás, ela contou ao pai por telefone sobre o perdão de Jesus. Ele estava morrendo devido por doenças em decorrência do alcoolismo e ela esperava que ele rejeitasse a mensagem de Cristo, mas ele recebeu a Jesus com entusiasmo.
“Vivi com tanta vergonha e condenação, com todas essas coisas que me pesaram todos esses anos”, diz ela. “A única liberdade que encontrei disso foi em Jesus Cristo”.
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