Mulher tem família assassinada pelo Estado Islâmico e relata crueldade: "Ninguém nos ajudou"

Nabila Fawzi Hanna, uma senhora de 65 anos, foi surpreendida quando os homens entraram em sua casa e atiraram na cabeça de seu filho e esposo.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: segunda-feira, 6 de março de 2017 às 18:32
No dia seguinte, os assassinos do Estado Islâmico visitaram a casa da filha de Nabila. (Foto: Reuters).
No dia seguinte, os assassinos do Estado Islâmico visitaram a casa da filha de Nabila. (Foto: Reuters).

Violentamente homens armados mataram o marido e o filho de Nabila Fawzi Hanna, uma senhora de 65 anos, cristã. Após darem cabo de seus entes, os assassinos pediram os nomes dos mortos e riscaram em uma lista.

Nabila, que mora  no Egito, contou a World Watch Monitor (WWM) sobre os horríveis detalhes de como seu marido, Saad e seu filho, Medhat, foram mortos a tiros por dois homens armados, do Estado Islâmico. Eles invadiram sua casa na cidade de El-Arish, no Sinai, na noite do dia 21 de fevereiro.

Ela disse que estavam prestes a dormir quando ouviram uma batida forte na porta. Quando seu filho abriu, os dois homens mascarados entraram e imediatamente atiraram na testa dele. Então, os homens armados entraram no quarto e encontraram seu marido, que implorou por sua vida.

“Sou um velho doente”, disse aos pistoleiros. Eles responderam com dois tiros em sua cabeça, matando-o instantaneamente. Os homens então perguntaram a Nabila se ela é cristã e qual era o parentesco dela sobre os dois homens que eles tinham acabado de matar.

Ela disse: “Sim, eu sou cristã e os dois homens que acabaram de matar eram meu filho e marido”. Eles pediram seus nomes e ela os identificou. Um dos pistoleiros então pegou um papel do bolso com uma lista de nomes e depois marcou dois nomes com uma caneta. "Eles tinham uma lista", ressaltou Nabila.

Os assassinos, em seguida, puxaram sua aliança de casamento de ouro de seu dedo, saquearam a casa, e atearam fogo nela. Eles fugiram de carro. Nabila disse que eles eram a única família cristã no bairro, e ninguém os ajudou.

No dia seguinte, os assassinos do Estado Islâmico visitaram a casa da filha de Nabila e de seu genro. Felizmente, o casal cristão conseguiu escapar uma hora antes da chegada dos pistoleiros.

Fugitivos

Nabila e sua filha, Abeer, já fugiram de suas casas, juntando-se a muitos outros cristãos coptas que deixaram o Sinai. Cerca de 70% das 160 famílias cristãs coptas que vivem em El-Arish já abandonaram suas casas com medo do Estado Islâmico. A maioria deles foram para Ismailia e Suez, cerca de 125 quilômetros de distância, de acordo com a WWM.

Em um relatório anterior, o chefe da igreja copta nos EUA condenou os "terríveis ataques" que mataram a vida de 40 cristãos nos últimos três meses. Em um comunicado divulgado na semana passada, o bispo Angaelos, bispo geral da Igreja Copta no Reino Unido, observou que "a incitação por grupos terroristas que pede o assassinato de cristãos no Egito tem crescido ao longo das últimas semanas. Igrejas e indivíduos estão sendo tidos como alvos desejáveis".

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