Não abrir mão de nada é uma incoerência para um discípulo de Jesus, diz missionário

Paulo Cappelletti acredita que o cristão deve levar uma vida desprendida dos bens materiais e confiar mais em Deus.

Fonte: Guiame, Karlos AiresAtualizado: terça-feira, 20 de junho de 2017 às 20:08
O pastor Paulo Cappelletti, líder da Missão SAL (Salvação, Amor e Libertação), um trabalho com os excluídos em Santo André (SP). (Foto: IBC).
O pastor Paulo Cappelletti, líder da Missão SAL (Salvação, Amor e Libertação), um trabalho com os excluídos em Santo André (SP). (Foto: IBC).

Deus nos chamou para a instabilidade e a insegurança. Foi o que disse o pastor Paulo Cappelletti, líder da Missão SAL (Salvação, Amor e Libertação), um trabalho com os excluídos em Santo André (SP), que incluem prostitutas, gays, moradores de rua e travestis. Em entrevista para o Portal Guiame, ele comentou o assunto abordado em sua palestra no evento Igreja em Movimento, promovido pela Igreja Batista Central de Fortaleza.

“A estabilidade que mais desejamos é a financeira e isso o discípulo de Jesus não vai ter. A segunda estabilidade é a habitacional. Ele não precisa desejar isso. Essa é a instabilidade que Jesus chamou. Pedro tinha estabilidade financeira por causa do comércio dele e Levi tinha essa estabilidade por causa de seu trabalho. Ambos largaram isso para seguir Jesus. Essa é a instabilidade. Não abrir mão de nada da nossa vida é uma incoerência para o discipulado”, disse ele.

O missionário ainda comenta sobre como podemos ser bons discipuladores, continuando o trabalho para além do evangelismo. “Todo mundo faz um esforço tremendo para levar pessoas para Jesus. Depois que essa pessoa aceita a Deus, ela é abandonada. Não tem ninguém para discipulá-lo. Essa é a fé espiritualizada”, comentou.

“As pessoas pensam: ‘Agora já resolvi o problema dele, ele aceitou Jesus e Jesus vai dar um jeito na vida dele, porque é Deus que vai direcionar todas as coisas’. Se eu penso assim, eu tenho uma fé espiritualizada. Mas, a partir do momento que eu aceito Jesus como Senhor e Salvador, eu sou nova criatura. E se eu sou nova criatura eu sou filho novo. E como filho novo eu ainda não sei nada”, atentou o líder.

O novo convertido e o recém-nascido

Paulo faz uma alusão do novo cristão a um bebê recém-nascido. “Se nasce um filho seu, você não vai chegar nele e dizer: ‘O leite está na geladeira, a mamadeira está no armário e o açúcar no outro armário’. Você não vai falar isso. Você vai fazer o leite para ele e vai dar na boca dele. Isso não acontece na vida cristã. Você aceita Jesus e acabou. A minha responsabilidade é até você aceitar Jesus. Mas, o crente precisa aprender que a responsabilidade dele vai além disso. Quando ele aceita Jesus, se torna discípulo e para se tornar discípulo ele precisa aprender a caminhar”, explicou.

“Por isso que a maioria dos cristãos são abandonados e não sabem nada da fé. Vão por qualquer vento de doutrinas, fazem o que dão na telha, não precisam abrir mão de nada. Se o cara é rico continua rico, se o cara é pobre continua pobre. Se o cara é miserável continua miserável”, disse.

“É bom entender o que é o consumo. A partir do momento que eu entender que eu não preciso consumir para viver, já vai me ajudar muito. Em poucas palavras, os passos precisam ser dados olhando para Jesus. Jesus teve uma vida simples? Nós estamos tendo? Então, temos que nos voltar para Ele”, finalizou.

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