Nível de som em igrejas de Criciúma será analisado

A Câmara de Vereadores de Criciúma (SC) vai discutir o volume de igrejas e clubes do município. O intuito é encontrar um consenso entre os emissores de som e a comunidade que rodeia estes empreendimentos. Nesta terça-feira, dia 19, representantes de uma igreja evangélica recorreram ao Legislativo criciumense em função de série de problemas que enfrentam ao redor de seus templos.

Reunidos na sala do presidente Edison do Nascimento (PMDB), os vereadores decidiram pela convocação de fiscais da Prefeitura que monitoram o som. "Desta forma poderemos ter noção do quanto de barulho atinge determinado nível de decibéis", comentou o vereador Giovanni Zappellini (PP).

Uma sugestão é que se altere a lei 5.373, de 20 de outubro de 2009, que dispõe sobre ruídos urbanos nocivos à saúde e proteção do bem-estar e do sossego público. A ideia é que a medição dos decibéis seja feita na residência do reclamante, não no local onde o som é emitido. "Os vizinhos de volta não se incomodam com o som, mas alguém de longe, onde o volume nem é tão alto faz a reclamação", comentou o pastor Roberto, da vice-presidente da Assembleia de Deus em Criciúma. "Já fizemos testes que mostram que a voz humana em tom alto atinge os 50 decibéis permitidos, até o vento em determinada posição pode atingir esse índice. Imaginem um carro. Não queremos extrapolar, mas queremos uma lei mais flexível", questionou o pastor Roberto.

O presidente Edinho deve convocar um fiscal da Prefeitura e se comprometeu a analisar junto aos demais vereadores a proposta de alteração da lei.

O limite máximo de decibéis é delimitado por zonas. No centro da cidade, por exemplo, o limite é de 50 decibéis no período diurno, que vai das 7h às 22 horas e de 45 no período noturno.

Acesse a lei 5.373, que dispõe sobre ruídos urbanos nocivos à saúde e proteção do bem-estar e do sossego público e dá outras providências.

Por Altair Magagnin