- Eles não têm mais vinho – disse Maria.
- Que temos em comum, mulher? Ainda não é chegada minha hora – respondeu Jesus.
João 2
A resposta de Jesus demonstra que Ele tratou a questão apresentada de modo metafórico. O vinho era símbolo de vida, como o sangue. Israel era denominada como Videira, como aquela que tem a vida de Deus e a administra ao mundo.
“Eles” que não têm mais vinho, são a Nação, se tornaram jarras vazias, forma sem conteúdo.
Toda religião ama mais sua tradição, linguagem, cultura, moral, expansão e poder, se torna morta, sem vida, assim como o vinho que acaba. O Evangelho de Jesus é o Vinho, não a cultura cristã.
Toda vez que nos dedicamos mais à aparência, à imagem, à forma, à reputação, à aceitação popular, maior risco corremos de passar a vida correndo atrás do que não é real e significativo. É o que realiza a alma o mais importante, como vinho, não o que é construído fora de nós.
Deus não tem compromisso com jarras, ele tem compromisso com o Vinho e isso deve servir de sinal para nossa caminhada, a fim de que nos dediquemos mais à essência de tudo e cada dia menos às embalagens efêmeras da existência.
- Alexandre Robles