“O principal tipo de evangelismo que vemos nas Escrituras é o ‘um a um’”, diz pastor

James MacDonald fala sobre a importância do evangelismo pessoal para a Igreja atual.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quinta-feira, 23 de agosto de 2018 às 20:25
James MacDonald lembra que Jesus não abandonou o modelo de discipulado durante seu ministério. (Foto: Reprodução)
James MacDonald lembra que Jesus não abandonou o modelo de discipulado durante seu ministério. (Foto: Reprodução)

Os cristãos devem trabalhar duro para fazer novos discípulos, segundo o pastor James MacDonald, autor do livro Vertical Church. Para ele, é preciso abandonar a abordagem de “menos alcança mais” e examinar os fracassos que a igreja teve ao longo do tempo.

“No final dos anos 80, acho que estávamos apaixonados pela ideia de que, se reduzíssemos a mensagem ao essencial, poderíamos alcançar mais pessoas”, disse ele em entrevista ao The Christian Post.

“Agora eu não conheço ninguém que não esteja convencido de que isso realmente não é o caso. 'Menos é mais' não alcança mais pessoas, não faz melhores discípulos. Só 'mais' faz melhores discípulos. E é um trabalho muito difícil. Jesus era mais talentoso do que qualquer pessoa na Terra. Passou três anos e meio com 12 discípulos e não conseguiu ver todos eles na linha final”, comentou.

James ressalta que fazer discípulos é algo demorado e cansativo. “Acho que já vi a igreja voltar para um foco na qualidade. Nós dissemos há anos em nossa igreja que ‘não queremos quantidade de discípulos, mas a qualidade do discipulado’. E cada vez mais ouço pastores se inclinando nessa direção”, pontuou.

Evangelismo e discipulado

Questionado sobre a relação entre o evangelismo e o discipulado, James responde: “O principal tipo de evangelismo que vemos nas Escrituras é o 'um a um'. Jesus com Nicodemos, Jesus com a mulher no poço, Filipe e o eunuco etíope. E isso não nega de maneira alguma o evangelismo em massa”, salientou.

“No capítulo 2 de Atos, vemos uma situação de evangelismo em massa com a vinda do Espírito Santo. Mas isso era normativo ou uma exceção? Eu acho que tipicamente nós vemos evangelismo 'um a um' e subjugamos a manhã de domingo, que é tão necessária para a infusão de força espiritual através da proclamação da Palavra, através da adoração, através da comunhão”, ressaltou.

“Todas essas coisas atiçam o fogo do relacionamento vertical de um seguidor de Cristo com Deus. E subjugar a manhã de domingo é cada vez mais vista como não adequada para sustentar uma igreja forte e crescente. Essa é a razão pela qual em 2012 eu escrevi o livro Vertical Church. Temos que voltar a isso como nosso foco principal”, comentou.

“Eu não estou dizendo para julgar ninguém. É isso que ensinamos ao nosso povo, e eu mesmo luto com essas coisas. Acho que a grande diferença na Igreja hoje é esse sentimento de condenar os gays, as questões sociais — sei o que a Bíblia diz sobre essas coisas, nós não comprometeríamos nenhuma delas. Jesus Cristo disse em João 8 ao falar com a mulher adúltera: 'onde estão os seus acusadores?'. E então Ele disse: ‘Não te condeno. Vá e não peques mais’”, exemplificou o pastor.

“A briga constante entre os cristãos é realmente o que entristece o coração de Deus e faz com que as pessoas fiquem desiludidas. Mesmo uma leitura superficial do Novo Testamento levaria qualquer pessoa letrada à conclusão de que o amor é a resposta”, finalizou.

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