No entardecer deste sábado (23), começa uma das festas mais significativas para Israel: a Festa de Purim. O evento, que se estende até o pôr do sol de domingo (24), é mais do que uma celebração — é um lembrete da intervenção de Deus nas horas mais sombrias da história do povo judeu.
A Festa de Purim celebra a vitória dos judeus sobre um decreto de extermínio na Pérsia antiga, conforme narrado no Livro de Ester da Bíblia. Neste relato, Hamã planeja aniquilar todos os judeus do reino, mas seus planos são frustrados pela intervenção corajosa da Rainha Ester e de seu tio, Mordecai.
Em culto na terça-feira (19), o pastor Joel Engel enfatizou a figura central de Ester na celebração de Purim, destacando sua dedicação e fé: “Ester é uma moça que buscava a Deus incansavelmente, representando o poder da oração e da intercessão. Sua história nos ensina a nunca nos dobrarmos diante do inimigo, mas a enfrentar as adversidades com fé e coragem.”
Ao lado do pastor, seu filho, Joel Engel Junior, destacou a importância histórica de Purim: “Os judeus tinham tudo para sofrer um Holocausto na Pérsia, mas receberam um decreto favorável tão grande que o decreto ruim foi ofuscado. No Purim, lembramos uma coisa: ainda que um decreto ruim não seja anulado contra nós, Deus faz com que a má sorte seja revertida pela benção de Deus.”
Contra o espírito de Hamã
O pastor Engel também faz uma analogia entre os inimigos dos judeus na época de Ester e os desafios que Israel enfrenta hoje. “O ódio aos judeus é muito antigo. Desde que existe diabo, existe ódio contra os judeus. As pessoas que estão sob influência do diabo sempre irão nutrir esse ódio.”
Com base no relato bíblico, Engel aponta Hamã como uma figura que cresce na política. “Ele queria ser adorado por todos. Esse é o espírito de Hamã, ele tem sede de ser adorado. Ele comandava o país por trás, nos bastidores. Ele conseguiu manipular as leis e apresentou uma retórica ao rei contra o povo judeu”, avaliou.
Sendo assim, ele destaca: “O ódio contra os judeus, instigado por Hamã, é um reflexo do mal que ainda persiste no mundo. Cada geração enfrenta seu próprio ‘amalequita’, mas a mensagem de Purim nos ensina a não aceitar passivamente os decretos contra nós, transformando sentenças de derrota em vitórias.”
Jejum, oração e decretos de fé
A prática do jejum de Ester, segundo o pastor, é um exemplo poderoso do impacto de uma fé ativa. “O jejum não é apenas uma abstinência; é um ato de fé que nos aproxima de Deus. Durante Purim, somos encorajados a buscar a Deus e a escrever decretos de fé, crendo que Ele assinará embaixo com o sangue de Jesus.”
Por fim, Engel reforça o papel da igreja, simbolizada por Ester, em interceder pela nação. “Assim como Ester encontrou favor diante do rei e salvou seu povo, a igreja é chamada a interceder diante do Rei dos reis, denunciando o inimigo e buscando a libertação e a bênção divinas para a nação.”
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