O mundo espiritual é uma realidade invisível que afeta diretamente a vida das pessoas. Ainda que não possa ser visto com os olhos, suas consequências são percebidas dentro de casa, nas emoções, nos relacionamentos, no trabalho e até em governos.
É o que ensina o pastor Joel Engel: “Existe um mundo espiritual que é tão real quanto o mundo físico. Nele, anjos e demônios travam batalhas todos os dias. E essas guerras espirituais afetam diretamente a nossa vida, nossas famílias, cidades e até nações”, afirma.
Segundo Engel, a Bíblia descreve diferentes níveis de forças malignas, entre elas os principados (Efésios 6:12) — que são demônios com autoridade territorial, capazes de influenciar ideologias, culturas e até sistemas políticos inteiros.
“Os principados não são apenas demônios isolados. Eles são autoridades espirituais do mal que comandam legiões e tentam impedir o avanço do Reino de Deus. Atuam em regiões, dominam áreas da sociedade e se alimentam da omissão da Igreja. Onde a luz de Cristo não se estabelece, esses poderes ganham espaço”, explica.
Já as potestades, assim como os principados, são formas de autoridade espiritual maligna, mas com funções diferentes. “Enquanto os principados atuam como líderes territoriais, as potestades têm um papel mais operacional”, ele afirma.
“Elas trabalham para manter o controle sobre pessoas, famílias e ambientes, muitas vezes agindo com opressão direta, promovendo confusão, enfermidades e divisões. Os principados comandam, as potestades executam. Por isso, quando estamos em batalha espiritual, é importante discernir o tipo de influência maligna que estamos enfrentando, para que possamos orar com estratégia e autoridade.”
Ele destaca que muitos cristãos sofrem ataques espirituais sem perceberem a causa. “Casamentos em crise, filhos em rebeldia, opressão emocional, falta de direção espiritual… Tudo isso pode ter uma origem espiritual. A Igreja precisa discernir quando está enfrentando uma simples dificuldade e quando está sendo alvo de um ataque do inimigo.”
Como funcionam as batalhas espirituais?
Com base na Bíblia, Engel explica que nem sempre a resposta de Deus vem imediatamente, pois há guerras nos céus que tentam impedir que as orações sejam atendidas.
“O anjo disse a Daniel que sua oração havia sido ouvida desde o primeiro dia, mas que ele foi impedido por 21 dias por um principado chamado príncipe da Pérsia. Ou seja, há uma guerra entre anjos e demônios acontecendo enquanto nós oramos. Por isso, é preciso perseverar. Não podemos parar no meio do combate”, ensina.
Engel afirma que essa resistência espiritual pode atrasar respostas, paralisar ministérios e até bloquear o avanço do Evangelho. “Quando a Igreja ora, ela libera os céus para agir. Mas quando ela se cala, os principados dominam sem resistência.”
Como vencer uma batalha espiritual?
Para o pastor, a chave para vencer esse tipo de guerra não está na força humana: “Não se vence uma batalha espiritual com força de vontade. Se vence com joelhos no chão, jejum e uma vida consagrada a Deus”, orienta.
Ele reforça que os cristãos precisam se preparar como soldados: “A Bíblia nos chama de soldados de Cristo. Soldado precisa estar em prontidão, treinado, vigilante. Não é com uma oração apressada antes de dormir que se enfrenta um principado. É com intercessão constante, autoridade e alinhamento com a vontade de Deus.”
O pastor então dá alguns conselhos práticos:
- Mantenha uma vida de oração constante — não apenas quando o problema aparece, mas como um hábito diário.
- Jejue com propósito, buscando discernimento espiritual e direção de Deus.
- Use a Palavra de Deus como espada, declarando as promessas e combatendo as mentiras do inimigo com a verdade bíblica.
- Mantenha comunhão com outros cristãos, porque ninguém vence uma guerra sozinho.
- Vigie: proteja seus pensamentos, sua casa e suas atitudes.
Por fim, o pastor deixa um chamado para os cristãos: “A guerra é real. Os principados existem. Mas em Cristo nós temos autoridade para vencê-los. Só precisamos assumir nossa posição. Está na hora da Igreja se levantar como um exército. Vigiar, orar e lutar — até que o Reino de Deus seja plenamente estabelecido em nossa nação.”
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