Missionários que foram sequestrados no Sudão do Sul são libertados

De acordo com a organização, existe um contato com os missionários. Apesar deles passarem bem, ainda não foi realizado nenhum pedido de resgate.

Fonte: Guiame, com informações do Christianity TodayAtualizado: terça-feira, 14 de março de 2017 às 20:35

Os oito missionários da organização Samaritan’s Purse que haviam sido sequestrados no Sudão do Sul foram libertos. Ainda na última segunda-feira (13), os relatórios circulavam sobre a situação dos reféns. A região está passando por uma severa onda de fome, e os rebeldes podem ter capturado os missionários com o objetivo de trocar por alimentos.

Mas, na tarde desta terça-feira (14), a CBN News informou que os reféns já foram libertados. Numa declaração, Samaritan’s Purse disse que está grata a Deus “pela libertação segura de nossa equipe nacional sul-sudanesa, que havia sido sequestrada por homens armados na área de Mayendit, no sul do Sudão".

"Todos eles foram libertos na tarde dessa terça-feira", acrescentou o comunicado. Curiosamente os sequestradores não exigiram comida e não houve nenhum outro pedido de resgate.

Além das 100 mil pessoas que enfrentam fome no estado, um total de mais de sete milhões de pessoas no país precisam de ajuda, de acordo com um relatório da ONU. Além da fome, o Sudão do Sul tem sido destruído por combates entre o governo e as forças rebeldes. Centenas de milhares de pessoas foram deslocadas.

Causa da fome

A fome é frustrante na região, porque não foi causada por condições meteorológicas ou por um desastre natural. "A principal tragédia é que esse problema é causado pelo homem", disse Eugene Owusu, coordenador humanitário da ONU para o Sul do Sudão.

Como país mais jovem do mundo, o Sudão do Sul ganhou a independência do Sudão em 2011 e caiu em guerra civil dois anos depois. A guerra étnica é entre os partidários de Dinka do presidente e os seguidores de Nuer, seu rival. Espelhando o governo sudanês - que usou a inanição como uma arma contra o povo do sul antes que os países se separassem - ambos atacaram rebanhos de gado e campos de grãos.

Mais de 31 mil sul-sudaneses fugiram para o Sudão. Mais de 3 milhões dos 13 milhões de pessoas do país foram deslocadas na tentativa de escapar do conflito e da fome resultante, segundo a ONU.

Bloqueio ao acesso

Cerca de 5 milhões de pessoas estão com fome. Quase 100 mil "já estão famintas", disse a Missão das Nações Unidas na República do Sudão do Sul ao Los Angeles Times. Pior ainda, aqueles que precisam de acesso a alimentos e estão sendo bloqueados por rebeldes de ambos os lados.

Em novembro passado, 100 tentativas de ajuda humanitária foram bloqueadas. Em 67 desses incidentes, a violência foi usada contra trabalhadores de ajuda ou suprimentos, de acordo com a ONU. "Apelamos à comunidade internacional e aos amigos do povo do Sudão do Sul para que prestem assistência imediata e em larga escala", afirmou o Conselho de Igrejas do Sudão do Sul. Cerca de 60% dos sul-sudaneses são cristãos, de acordo com uma estimativa de 2010 do Pew Research Center.

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