“Orar em línguas não é para todas as pessoas”, explica pastor

Os pastores acreditam que falar em línguas é um dom como os outros e que pode ser buscado.

Fonte: GuiameAtualizado: quinta-feira, 21 de junho de 2018 às 19:25

Orar em línguas seria a maior evidência do batismo no Espírito Santo? Os pastores Eduardo Borges e Renata Dolabella falaram sobre o assunto. Sem polêmicas, eles explicaram que há duas vertentes principais que defendem formas diferentes de acreditar. As duas estão presentes tanto em igrejas pentecostais, como a Assembleia de Deus, quanto também nas mais tradicionais como a Presbiteriana.

O pastor Eduardo Borges inicia: “Essa é uma pergunta complexa a se fazer, dependendo da pessoa que está fazendo. E essa pergunta pode gerar para ela um pouco de dificuldade. Nós temos diversas posições relacionadas a esse tema a primeira dica que eu daria para essa pessoa é ela saber o que é sua denominação pensa disso”, disse o pastor em resposta da pergunta feita por um telespectador.

Ele continua: “Existem diversas posições. Alguns cessacionistas e outros não são cessacionistas. Para muitas igrejas pentecostais é fundamental que a pessoa fale em línguas, porque para algumas denominações de linha pentecostal realmente essa é a evidência. Mas de acordo com a minha visão, a Bíblia deixa claro que isso não é para todas as pessoas”, argumenta.

Eduardo explica: “Os cessacionistas são aquelas pessoas que defendem que os dons sobrenaturais ou carismáticos não estão mais presentes na vida da igreja, ou seja, eles cessaram. Línguas, curas e diversas manifestações carismáticas foram importantes para a fundamentação da igreja”, ressalta.

Sobre as correntes, ele ainda fala de uma igreja tradicional, a Presbiteriana. “Na Igreja Presbiteriana do Brasil existem duas correntes. Uma cessacionista e uma outra não cessacionista. Existe os dois lados dentro da IPB. A posição do cessacionista é muito mais histórica do que bíblica e creio que seja fraco por esse motivo”, salientou.

O apresentador Cássio Miranda relata sua surpresa em ver que mesmo nas igrejas pentecostais, muitos cristãos não veem o dom de línguas como a evidência do batismo no Espírito Santo.

“Eu comecei a ficar surpreso, porque para o pentecostal histórico a evidência do batismo no Espírito Santo e orar em línguas e eu comecei a ouvir mais e mais pessoas dizendo que isso não é pré-requisito para se ter o Espírito Santo”, disse ele.

Já a pastora Renata Dolabella complementa: “Coloca em xeque a identidade da pessoa. ‘Eu não sou de Jesus? Não sou salva? Eu não tenho Espírito Santo? Eu fui ou não batizada?’ A gente vê que há uma linha tênue que vai tirar certeza da pessoa daquilo que ela acredita. Então, eu também não acredito que é a evidência, mas que é um dom como qualquer outro que a gente deve buscá-lo. O apóstolo Paulo disse para buscarmos com zelo”.

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