Na era da comunicação digital, as igrejas têm feito importantes adaptações em sua forma de se relacionar com as pessoas. O objetivo é permitir que elas continuem sendo beneficiadas pela pregação do Evangelho, mesmo quando não podem estar em um local onde os cultos acontecem. É sobre essa nova realidade que a escritora Laura Turner escreveu um artigo no The New York Times, onde constata que os cultos presenciais são insubstituíveis.
Ao relatar suas experiências nos dois ambientes, o presencial e o virtual, Laura coloca os prós e os contras de cada; não descarta nenhum deles; mas diz que sua preferência é estar junto com as demais pessoas da igreja: “Ir à igreja – sentar em uma sala com outras pessoas por uma hora e meia aos domingos – não é negociável para mim”.
Sem criticar os que preferem cultuar em suas casas, a escritora conta que a menos que tenha alguma dificuldade que a impeça de estar na igreja física, ela participa dos cultos. “Quando estamos todos juntos podemos chorar e enxugar as lágrimas [uns dos outros], assim como podemos nos regozijar, quando compartilhamos sorrisos e conversamos cara a cara”.
Laura, que está escrevendo um livro sobre ansiedade, cita no artigo algumas informações de estudos que apontam que a frequência aos cultos traz benefícios à saúde, como a melhora do sono, a diminuição da pressão arterial em idosos e ainda menor risco de suicídio. “Eu duvido que esses mesmos fenômenos ocorram quando a igreja online é substituída pela real, porque a verdade é que a comunidade é boa para nós. Nós precisamos um do outro.”
Orações e gentilezas
A escritora diz que também faz uso da internet para cultuar, porém esse tipo de situação não é o que prefere. Ela conta sobre as dificuldades que teve ao enfrentar dois abortos espontâneos: “Tinha dias que não queria sair sa cama”. Nesses momentos, Laura recorria à igreja virtual. Mas ela mostra que a frequência de sua família aos cultos presenciais foi o que manteve os laços com a comunidade de fé. Sobre a ajuda que os irmãos ofereceram a ela nesse período, Laura destaca orações e gentilezas.
“Quando a ansiedade e a náusea ficaram muito ruins e eu não consegui trabalhar, a igreja veio até mim. Aqueles mesmos amigos que me serviram a comunhão estavam agora à minha porta com uma refeição, ou um livro, ou alguns minutos para orar juntos. Eu continuei a me encontrar toda terça à noite com meu grupo de estudo da Bíblia, mulheres da igreja que sabem tudo sobre o que os outros estão passando. Eles visitaram o hospital quando, após outro aborto espontâneo, eu dei à luz nosso filho e ele teve que passar um tempo na unidade de terapia intensiva neonatal. Eles enviaram flores e refeições quando chegamos em casa.”
Nem mesmo as correrias comuns da época natalina, que acabam tirando muitos cristãos da igreja, fazem com Laura queira deixar de estar presente à igreja e particpar da comunhão. “Ao invés de querer colocar a igreja na tevê, enquanto eu envolvo presentes, eu me vejo atraída para aquelas cadeiras empilháveis, os hinos adventistas, o pão e a taça da comunhão entregues a mim com a lembrança de que eles são o corpo e o sangue de Cristo”.
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