Os cultos online não podem substituir os cultos presenciais, diz autora

Em artigo publicano no jornal americano The New York Times, Laura Turner fala sobre suas melhores experiências na igreja real.

Fonte: Guiame, com informações do New York TimesAtualizado: segunda-feira, 17 de dezembro de 2018 às 16:16
Culto na igreja Christian Cultural Center, no Brooklyn. (Foto: Demetrius Freeman/The New York Times)
Culto na igreja Christian Cultural Center, no Brooklyn. (Foto: Demetrius Freeman/The New York Times)

Na era da comunicação digital, as igrejas têm feito importantes adaptações em sua forma de se relacionar com as pessoas. O objetivo é permitir que elas continuem sendo beneficiadas pela pregação do Evangelho, mesmo quando não podem estar em um local onde os cultos acontecem. É sobre essa nova realidade que a escritora Laura Turner escreveu um artigo no The New York Times, onde constata que os cultos presenciais são insubstituíveis.

Ao relatar suas experiências nos dois ambientes, o presencial e o virtual, Laura coloca os prós e os contras de cada; não descarta nenhum deles; mas diz que sua preferência é estar junto com as demais pessoas da igreja: “Ir à igreja – sentar em uma sala com outras pessoas por uma hora e meia aos domingos – não é negociável para mim”.

Sem criticar os que preferem cultuar em suas casas, a escritora conta que a menos que tenha alguma dificuldade que a impeça de estar na igreja física, ela participa dos cultos. “Quando estamos todos juntos podemos chorar e enxugar as lágrimas [uns dos outros], assim como podemos nos regozijar, quando compartilhamos sorrisos e conversamos cara a cara”.

Laura, que está escrevendo um livro sobre ansiedade, cita no artigo algumas informações de estudos que apontam que a frequência aos cultos traz benefícios à saúde, como a melhora do sono, a diminuição da pressão arterial em idosos e ainda menor risco de suicídio. “Eu duvido que esses mesmos fenômenos ocorram quando a igreja online é substituída pela real, porque a verdade é que a comunidade é boa para nós. Nós precisamos um do outro.” 

Orações e gentilezas 

A escritora diz que também faz uso da internet para cultuar, porém esse tipo de situação não é o que prefere. Ela conta sobre as dificuldades que teve ao enfrentar dois abortos espontâneos: “Tinha dias que não queria sair sa cama”. Nesses momentos, Laura recorria à igreja virtual.  Mas ela mostra que a frequência de sua família aos cultos presenciais foi o que manteve os laços com a comunidade de fé. Sobre a ajuda que os irmãos ofereceram a ela nesse período, Laura destaca orações e gentilezas.

“Quando a ansiedade e a náusea ficaram muito ruins e eu não consegui trabalhar, a igreja veio até mim. Aqueles mesmos amigos que me serviram a comunhão estavam agora à minha porta com uma refeição, ou um livro, ou alguns minutos para orar juntos. Eu continuei a me encontrar toda terça à noite com meu grupo de estudo da Bíblia, mulheres da igreja que sabem tudo sobre o que os outros estão passando. Eles visitaram o hospital quando, após outro aborto espontâneo, eu dei à luz nosso filho e ele teve que passar um tempo na unidade de terapia intensiva neonatal. Eles enviaram flores e refeições quando chegamos em casa.”

Nem mesmo as correrias comuns da época natalina, que acabam tirando muitos cristãos da igreja, fazem com Laura queira deixar de estar presente à igreja e particpar da comunhão. “Ao invés de querer colocar a igreja na tevê, enquanto eu envolvo presentes, eu me vejo atraída para aquelas cadeiras empilháveis, os hinos adventistas, o pão e a taça da comunhão entregues a mim com a lembrança de que eles são o corpo e o sangue de Cristo”.

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