Os hippies do evangelicalismo e o nomadismo eclesiástico

Os hippies do evangelicalismo e o nomadismo eclesiástico

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:08

 

Em seu blog, o pastor Renato Vargens, presidente da Igreja Cristã da Aliança, em Niterói, escreveu um artigo intitulado 'Cristianismo hiponga'.
 
No texto, Vargens fala sobre os 'desigrejados'. Embora frise que o artigo não é para defender denominacionalismo, ele critica o 'nodamismo eclesiástico'.
 
"Enxergo alguns dos chamados 'desigrejados' como hippies do evangelicalismo", pondera o pastor.
 
Confira o artigo na íntegra:
 
hippies
 
Os "hippies"  fizeram parte daquilo que se convencionou movimento de contracultura dos anos 60. Adotavam um modo de vida comunitário ou estilo de vida nômade, eram antinacionalistas, contrapunham-se  ao cristianismo de se seus pais e eram em alguns casos  adeptos de religiões como o budismo, hinduísmo. Além disso, viviam em desacordo com valores tradicionais difundidos e vivenciados pela classe média americana como também em nome da "liberdade"eram favoráveis a desconstrução de valores relacionados a monogamia, comportamento e sexualidade. O termo derivou da palavra em inglês hipster, que designava as pessoas nos EUA que se envolviam com a cultura negra, e.x.: Harry "The Hipster" Gibson. Em 6 de setembro de 1965, o termo hippie foi utilizado pela primeira vez, em um jornal de São Francisco, um artigo do jornalista Michael Smith.
 
Caro leitor, salvo as devidas proporções( que isso fique claro) eu enxergo alguns dos chamados "desigrejados" como hippies do evangelicalismo. Bom, antes que eu seja apedrejado por alguns daqueles que me leem deixe-me fazer algumas considerações:
 
Bem sei que existem "desigrejados" que assim se tornaram porque foram feridos na batalha. Existem "desigrejados" que se machucaram na caminhada, existem "desigrejados" que assim se tornaram porque não eram dos nossos, agora, existem "desigrejados", que se fazem de "desigrejados", por que tornaram-se hippies da fé.  Para estes a Igreja está perdida, sem perspectiva de vida  e altamente contaminada pelos valores da religião. Nessa perspectiva a igreja foi satanizada, os pastores estigmatizados e qualquer coisa que aponte para um minimo de estrutura  organizacional rechaçado. Além disso os adeptos do cristianismo hiponga optaram por viver o nomadismo eclesiástico, caminhando distantemente daquilo que denominam Igreja.
 
Ora, vale a pena ressaltar  que  não estou defendendo o denominacionalismo, como também a igreja institucional, portanto, não use esses argumentos ao tentar desconstruir minhas afirmações.  Creio no conceito bíblico de Eclésia,  creio que Deus é livre para se manifestar graciosamente nas comunidades orgânicas, como também creio que Cristo se manifesta entre o seu povo.  O que não creio é nesse falso evangelho pregado por alguns dos "hipongas" que acreditam que não precisam de Igreja.
 
Prezado amigo, diante disto, lhe aconselho, cuidado! O apóstolo Paulo ao escrever  a Timóteo afirmou que nos últimos dias surgiriam alguns tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.  Paulo aconselhou  seu discipulo amado a a afastar-se destes, afirmando serem estes, aqueles que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. (2 Timóteo 3:5-7)
 
Caro leitor, a  Igreja de Cristo é uma instituição de origem divina. Ela não foi criada por homens inescupulosos, ou por religiosos despósticos cujo interesse fundamental era a satisfação pessoal. Muito pelo contrário, a Igreja foi criada por Cristo e para Cristo, o que nos leva entender que ela possui papel primordial na propagação dos valores do Reino. (Mt 16.15-19). Além disso, a igreja é a "communion Sanctos" , lugar de comunhão e relacionamento com Deus e com os homens cuja característica principal é o amor.
 
Junta-se a isso o fato de que a igreja é também um local de compromisso com Deus e com os eleitos de Deus, o que faz dela uma estrutura imprescindível ao crescimento cristão onde a Palavra é pregada como também os Sacramentos são ministrados.
 
Sem a menor sombra de dúvidas a igreja é imperfeita e continuará assim até a volta de Cristo. Como bem disse o teólogo reformado Augustus Nicodemus, "a teologia Reformada não deixa dúvidas quanto ao estado de imperfeição, corrupção, falibilidade e miséria em que a igreja militante se encontra no presente. Ao mesmo tempo, ensina que não podemos ser cristãos sem ela. Que apesar de tudo, precisamos uns dos outros, precisamos da pregação da Palavra, da disciplina e dos sacramentos, da comunhão de irmãos e dos cultos regulares."
 

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