Os fósseis de um pinguim gigante, descobertos na Nova Zelândia, receberam o nome de Kairuku waewaeroa e tem uma altura que chega a 1,38 metro. Para os evolucionistas, a antiguidade foi estimada entre 27,3 e 34,6 milhões de anos.
De acordo com o El País, no verão de 2006, um grupo de crianças navegou de caiaque pelo porto de Kawhia, Ilha Norte, na Nova Zelândia, a fim de procurar fósseis de ouriço, mas encontraram algo bem diferente do que planejavam.
“Havia formas de cor laranja escuro na rocha, como metal oxidado. Um dos pais se inclinou e soprou o pó e a areia para que pudéssemos distinguir melhor sua forma. Ainda não sabíamos do que se tratava, mas era muito maior do que qualquer outro fóssil que havíamos encontrado antes”, diz Esther Dale, que tinha 15 anos na época.
A Universidade Massey, que fica em Palmerston North, na Nova Zelândia, confirmou que se tratava de um fóssil de um pinguim gigante em uma pesquisa publicada na revista Journal of Vertebrate Paleontology.
Mudanças climáticas podem favorecer novas descobertas
Historicamente, a Ilha Sul da Nova Zelândia — Te Waipounamu — é uma das regiões mais produtivas para os fósseis de pinguins.
Sobre a importância regional, um pesquisador diz que isso é uma demonstração de que as aves e outros animais da região são descendentes de linhagens “que se remontam a tempos muito antigos” e que se deve agir como kaitiaki (guardiães) desses descendentes para poder continuar com essa linhagem no futuro.
Um estudo publicado em 2020 confirma, através de genomas, que a origem do grupo dos pinguins se localiza entre a Austrália e a Nova Zelândia. Andrés Barbosa, pesquisador do Museu Nacional de Ciências Naturais da Espanha (MNCN), afirma que essa descoberta valida os dados do estudo.
O pesquisador acredita que, com as mudanças climáticas, se houver mais áreas descongelando, é provável que mais fósseis sejam encontrados.
Sobre o tamanho dos pinguins
Outro aspecto que o cientista considera que ganha força é que o tamanho dos pinguins daquela época é “bem maior” ao dos atuais. O pinguim imperador é o maior hoje em dia e, segundo Barbosa, tem uma altura de 1,2 a 1,3 metro.
Apesar da destacada altura do animal [1,38 metro], são conhecidas outras espécies também antigas, como o Kumimanu biceae, que são até 10 centímetros mais altos.
“Essa questão levanta outros debates aos pesquisadores como as possíveis razões da diversidade de tamanhos corporais dentro dos pinguins gigantes”, diz Daniel Thomas, professor de Zoologia na Universidade Massey e autor principal do estudo.
Segundo a BBC, há mais uma descoberta que envolve outro pinguim gigante, também na Nova Zelândia. Ele até recebeu o apelido de “Pinguim Monstro”. Isso porque, segundo os paleontólogos, o animal marinho deveria medir 1,6 metro e pesar em média 80 quilos. Desta vez, os evolucionistas calculam que viveu entre 60 e 56 milhões de anos atrás.
Por que o pinguim era tão grande?
Segundo Paul Scofield, curador do Museu Canterbury, em Christchurch, os pinguins conseguiram alcançar esse tamanho porque répteis marinhos gigantes (que seriam potenciais predadores e competidores) desapareceram dos oceanos na mesma época em que os dinossauros desapareceram.
“Aí, por 30 milhões de anos, foi a era dos pinguins gigantes”, ele apostou. “Acreditamos que, naquela época, os animais estavam evoluindo muito rapidamente. A temperatura da água na Nova Zelândia era ideal para isso. Era de 25ºC, enquanto a média atualmente é de 8ºC”, continuou.
Os criacionistas, porém, explicam que os “animais gigantes” eram comuns no passado e apontam que as características morfológicas sofreram poucas alterações, ou seja, houve apenas uma “microevolução”, o que é previsto pelo modelo criacionista.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições