O transporte coletivo de Porto Velho voltou a ser alvo de críticas ácidas na sessão plenária de segunda-feira (11) da Câmara Municipal. E o primeiro a manifestar seu inconformismo com os péssimos serviços prestados pelas concessionárias foi o vereador pastor Delso Moreira (PRB).
Segundo ele, a capital tem o pior transporte coletivo do país, que envergonha não somente o usuário portovelhense, mas, principalmente, as pessoas que nos visitam, muitas delas, aliás, acostumadas a um serviço de excelente qualidade.
Para Delso, não há comparação. Além de precário, o serviço oferecido à população é horrível, em termos de limpeza dos veículos, conforto, comodidade, regularidade de horários e abrangência de linhas. Chega a ser até difícil encontrar adjetivos para qualificá-lo.
O usuário brasiliense, disse o pastor, paga R$ 2,00 para andar em carros limpos, confortáveis, com ar condicionado, enfim, de excelente qualidade, enquanto a população portovelhense paga R$ 2,30 e ainda é obrigada a ficar mofando uma, duas, três horas ou mais numa parada, debaixo de sol e chuva, para pegar um ônibus sujo, sem nenhum conforto, uma verdadeira sauna.
Lá, os terminais de integração funcionam. Anda-se praticamente toda a cidade pagando-se, apenas, uma passagem, o que não acontece em Porto Velho, onde a cada esquina o usuário tem que meter a mão no bolso. Senão vai a pé, ou, então, de carona. Isso é um absurdo, para não dizer um abuso.
O vereador Ramiro Negreiros (PMDB) disse que o prefeito Roberto Sobrinho perdeu uma excelente oportunidade para abrir concorrência pública e, assim, facilitar a entrada de novas empresas, quebrando, definitivamente, o monopólio. E aproveitou para alfinetar o secretário da SEMTRAN, Itamar Ferreira, que, segundo ele, trata os taxistas de uma maneira e os empresários de ônibus de outra. A esses, tudo. Àqueles, os rigores da lei.
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