Para muitos cristãos, a palavra “avivamento” faz parte de uma iconografia cultural, ilustrada com grandes tendas e pregações evangelísticas para multidões no estilo Billy Graham.
Porém, em uma época na qual se recomenda evitar aglomerações e o contato físico, quando os templos das igrejas são obrigados a permanecer fechados como uma resposta à pandemia do coronavírus, é possível que o próximo grande despertar não inclua grandes multidões reunidas fisicamente, atendendo aos apelos e se dirigindo ao altar.
O pastor e renomado evangelista americano Greg Laurie disse recentemente ao site cristão ‘Faith Wire’ que prevê que o próximo despertar espiritual "possa acontecer diante das telas" e talvez não mais reunindo grandes multidões fisicamente.
"Nós coçamos nossas cabeças e nos perguntamos como alcançar esta geração — a geração de ‘milenials’, geração Z — e às vezes as pessoas criticam o fato de que tantos desta sua geração estão colados a seus smartphones, tablets", disse Laurie, pastor fundador da igreja ‘Harvest Christian Fellowship’, em Riverside, Califórnia (EUA). "Mas aqui está a pergunta que eu quero fazer: é possível que o próximo despertar espiritual aconteça diante das telas?".
Conhecido por realizar grandes cruzadas evangelísticas todos os anos e ver milhares de jovens se entregando a Jesus em cada evento, Laurie apontou dados que mostram que os americanos mais jovens preferem se comunicar por meio de mensagens de texto, em vez de realmente conversar com outras pessoas. Durante a pandemia de coronavírus a principal forma de comunicação com amigos e familiares é através da tecnologia.
De fato, durante o último mês e meio, a maioria das igrejas em todo o país migrou para cultos totalmente on-line, transmitindo seus sermões de domingo de manhã no YouTube e no Facebook e conduzindo pequenos grupos e estudos bíblicos no meio da semana através de videoconferências em aplicativos como Zoom e Skype.
Laurie revelou em uma coluna que escreveu no mês passado para a revista Newsweek que a audiência milenar de sua igreja aumentou 235% desde a transição para serviços exclusivamente on-line. Agora, mais de um milhão de pessoas sintonizam a transmissão ao vivo da Harvest a cada semana.
Embora nada possa substituir a reunião física entre os cristãos — um exercício prático da comunhão, como é recomendado pelas Escrituras — é provável, explicou Laurie, que o reavivamento possa parecer diferente nos próximos anos.
"Eu, como qualquer outro pastor, estou ansioso para quando possamos nos encontrar pessoalmente novamente e adorarmos juntos, porque essas são experiências incríveis que compartilhamos", disse ele. "Mas, enquanto isso, fomos forçados a fechar as portas do templo da igreja. Mas as portas para a igreja como um todo nunca estiveram tão abertas".
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