Pastor é afastado de suas funções na igreja após atuar como drag queen em série da HBO

Ele disse que participou da série em apoio a sua filha que se identifica como pansexual.

Fonte: Guiame, com informações de Christian PostAtualizado: segunda-feira, 13 de dezembro de 2021 às 13:20
Pastor Craig Duke na igreja (à esquerda) e atuando como drag queen (à direita). (Foto/Montagem Guiame: Captura de tela/HBO)
Pastor Craig Duke na igreja (à esquerda) e atuando como drag queen (à direita). (Foto/Montagem Guiame: Captura de tela/HBO)

O reverendo Craig Duke, da Igreja Metodista Unida (UMC) foi recentemente afastado de suas funções depois de participar como drag queen no reality show da HBO “Estamos aqui”. 

Ele era pastor principal da UMC de Newburgh, Nova York (EUA) e deixou o cargo no dia 1º de dezembro. De acordo com informações do Christian Post, Mark Dicken é o pastor interino da igreja agora.

O episódio em que Duke aparece travestido foi ao ar no dia 8 de novembro, causando muitas polêmicas. Isso porque Duke aparece pregando em sua congregação, falando sobre o amor e na sequência vem a música “We Are Who We Are” (Nós Somos Quem Somos) da cantora Kesha com a “drag mother” Eureka O'Hara.

Entenda o contexto

A série segue três artistas drag renomados, que viajam para pequenas cidades em todo o país, ensinando os residentes locais a atuar como drag queens. Duke foi indicado pela organização River City Pride para participar da série. 

Em uma carta enviada à congregação na semana passada, ele disse que embora tivesse sentimentos positivos sobre assumir o cargo de pastor interino, ele “não estava nada feliz com as circunstâncias que levaram a isso”. 

“Amo esta igreja por muitos motivos. Estou empenhado em ajudar a UMC neste momento desafiador. Mas vou precisar da sua ajuda. Venha para casa. Venha para a Igreja Metodista Unida de Newburgh. Venha adorar. A cura leva tempo. Reconciliar e reconstruir a confiança não é fácil, pode ser frustrante e, às vezes, doloroso. Mas volte para Cristo”, ele escreveu. 

Situação atual do pastor 

Duke e sua família terão permissão para morar na casa paroquial até 28 de fevereiro, embora ele não sirva mais como pastor titular na igreja e seu salário tenha sido reduzido.

Mitch Gieselman, superintendente dos Distritos Sul e Sudoeste da Conferência UMC de Indiana, enviou uma carta à congregação em 26 de novembro afirmando que Duke não foi demitido nem suspenso. 

“Em vez disso, Duke chegou a um ponto em que se sente incapaz de continuar a servir no ministério paroquial no momento. Durante o tempo em que estiver livre de suas obrigações pastorais, ele estará engajado em um processo de renovação, reflexão e recuperação que será monitorado por nosso Diretor de Desenvolvimento de Liderança, Bispo Trimble, e por mim”, escreveu Gieselman.

“Nosso desejo é fornecer uma oportunidade para Duke poder novamente utilizar seus numerosos dons como pastor em uma congregação local. Ele não retornará, no entanto, ao púlpito da igreja”, afirmou.


Craig Duke, em seu papel de drag queen. (Foto: Captura de tela/HBO)

Opinião dos membros da igreja

Gieselman também observou que há uma divisão na congregação sobre se Duke deveria ter sido dispensado de suas funções devido ao seu envolvimento na série de artistas de drag.

“Recebi inúmeras ligações e e-mails altamente críticos às ações de Duke e também recebi inúmeras mensagens de apoio a ele”, considerou. 

“Em um clima tão polarizado, nossa principal intenção é promover um ambiente em que tanto a UMC quanto a família de Duke possam avançar em graça”, continuou.

“Não houve violação do Livro de Disciplina”

Gieselman assegurou que as ações de Duke não foram uma violação do Livro de Disciplina da Metodista Unida. 

Uma página GoFundMe foi lançada em apoio ao pastor Duke e já arrecadou um pouco mais de 57 mil dólares, através de 1.400 doações em média, realizadas na manhã de quarta-feira. 

“O pastor Duke se considera um homem de fé, pai, marido, defensor da justiça social e um aliado da comunidade LGBT. Ele tem esperança e luta por uma igreja totalmente inclusiva, que dê boas-vindas a pessoas de todas as raças, todos os gêneros e todas as orientações sexuais”, diz a página da campanha.

Duke participou do show em apoio a sua filha que se identifica como pansexual — pessoas que expressam atração sexual por pessoas de qualquer sexo, identidade ou gênero. Em entrevista ao The Courier Press, na última terça-feira (7), sua esposa, Linda, disse que também deixou seu cargo de pastora de jovens da igreja. Duke finalizou dizendo que acredita que “Deus ama todas as pessoas como elas são”.

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