Cerca de 30 oficiais do governo chinês invadiram uma igreja em Guangzhou, na província de Guangdong, de acordo com o pastor que foi preso durante sua pregação.
"Cerca de 30 funcionários do governo invadiram a Igreja Reformada da Bíblia enquanto eu estava ministrando meu sermão e pediram para que eu parasse de reunir os fiéis. Eles também ordenaram que enviássemos nossos documentos de identidade", disse o pastor Huang Xiaoning à organização ChinaAid, descrevendo o incidente que aconteceu no dia 10 de junho.
Huang e três outros cristãos foram levados pela polícia e interrogados por horas. Além disso, a igreja foi multada em uma quantia equivalente a 7.685,45 dólares por realizar atividades religiosas.
As autoridades comunistas estão argumentando que o edifício usado para o culto violou o artigo 41 do Regulamento sobre Assuntos Religiosos, alegando que o prédio não foi registrado nos órgãos governamentais. O pastor prometeu lutar contra a multa e a repressão contra a sua igreja, dizendo que vai tomar medidas legais "para se tornar testemunha em nome de Deus".
“Sou pastor há quase 20 anos", explicou Huang. "Eu não possuo um carro ou uma casa. Eu não devo nada. Um tempo atrás as pessoas me perguntaram: 'Pastor Huang, você não tem medo de ser multado?' Respondi: 'Não, eu não tenho dinheiro para ser confiscado'. Eles também perguntaram: ‘Você tem medo de ser preso?’ Eu disse que nunca temi a prisão, nunca nem tive medo da morte”.
Independência
O pastor da Igreja Reformada da Bíblia revelou que, durante muitos anos, as autoridades comunistas têm pressionado sua igreja a se unir à rede de congregações aprovadas pelo Estado, mas ele insistiu em sua independência. Pastores e membros são regularmente presos na China durante os ataques do governo às igrejas clandestinas, muitas vezes as mais visadas.
Em maio, um pastor foi detido e 200 cristãos foram levados pelas autoridades durante a tentativa de realizar um culto de adoração na cidade de Chengdu, em memória de cerca de 70 mil pessoas que morreram durante o terremoto de 2008 em Sichuan.
O New York Times informou na época que o pastor Wang Yi e sua igreja viram o culto especial ser interrompido, com as autoridades sufocando "qualquer comemoração não aprovada" sobre a tragédia.
Outros pastores, como Yang Hua, da Igreja Pedra Viva — que foi libertado no início deste mês — sofreram torturas ficaram presos por anos.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições