A Festa de Shavuot, que este ano foi celebrada entre 11 e 13 de junho, representa um dos momentos mais significativos no calendário bíblico. Marcada pela descida do Espírito Santo e a entrega da Torá no Monte Sinai, esta festividade é um marco tanto para judeus quanto para cristãos, que a conhecem como Pentecostes.
Em sua pregação na última terça-feira (11), o pastor Joel Engel destacou a importância espiritual deste evento, o conectando à aliança do casamento.
Shavuot, que significa "sete semanas" em hebraico, também é conhecida como Festa das Colheitas ou Festa das Primícias. Ela ocorre no 50º dia após o início da contagem do Omer, que começa na segunda noite de Pessach.
Para os judeus, este período de 49 dias é um tempo de preparação espiritual, que simboliza a transição da liberdade física, celebrada em Pessach, para a liberdade espiritual, alcançada com a entrega da Torá em Shavuot. “Os 49 dias são na verdade um período de purificação”, explica Engel.
Durante sua pregação, Joel Engel destacou que o evento no Monte Sinai foi muito mais do que a entrega das Leis de Deus; foi um momento de união profunda entre Deus e o povo de Israel.
"No Sinai, Deus deu a Seu povo a revelação de Sua Palavra. Mas aconteceu muito mais do que isso naquele momento — o que aconteceu, na verdade, foi um casamento. Deus queria casar com Israel", afirmou Engel.
Deus e o casamento
Engel traçou um paralelo entre a relação de Deus com Israel e o casamento entre homem e mulher. "Eu e minha esposa, Mara, estamos casados há 47 anos e celebramos bodas de Jaspe. Mas passamos por momentos difíceis, de muito alinhamento, até chegar o casamento”, disse.
Ele explicou que a relação de Deus com Israel se assemelha a um casamento, onde o compromisso e o respeito são fundamentais.
“Cada um de nós tem algo que considera intolerável. Para mim, por exemplo, algo que eu não tolero nem de esposa, nem de filhos ou de ninguém, é a falta de respeito”, afirmou. “Deus tolera muitas coisas de nós, mas não tolera o desrespeito. A falta de respeito mostra que não há como andar juntos”.
O pastor enfatizou a importância da colaboração entre homem e mulher, comparando-a à parceria entre Jesus e a Igreja: "O homem é um cooperador; tudo o que Deus faz na terra, ele faz através do homem. Mas para que o homem exerça plenamente sua função, ele precisa ser completado por uma mulher. A mulher é co-criadora com o homem, ou seja, ela cria junto com o homem. Deus cria e chama o homem para co-criar, criar junto."
Engel também destacou a importância da presença de Jesus no casamento: "O casamento deve ser a três: marido, esposa e Jesus. Mas cada um tem uma tarefa a cumprir."
A aliança inquebrável
Joel Engel refletiu sobre a presença de Deus no casamento, mencionando a Shekinah. A Shekinah, que significa "habitação" ou "presença", representa a manifestação tangível de Deus, que se faz sentir de maneira especial na união matrimonial.
"Israel é chamado por Deus de esposa. Deus é chamado marido. É algo maravilhoso, pois a Shekinah se manifesta com plenitude no casamento", destacou.
Em sua pregação, Engel ressaltou a natureza indissolúvel da aliança matrimonial e espiritual. "A aliança não tem emendas, não tem meio nem fim. Não pode ser quebrada."
Essa aliança, segundo Engel, é um reflexo do compromisso eterno de Deus com Seu povo e deve ser vista como um modelo para o casamento.
Veja a pregação completa:
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