Pastor Lécio Dornas, preletor do Voe mais Alto, quer EBD eficaz

Pastor Lécio Dornas, preletor do Voe mais Alto, quer EBD eficaz

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:29

De 21 a 23 de setembro no Anhembi em São Paulo, acontece mais uma edição do Congresso Voe Mais Alto ( www.voemaisalto.com.br ), iniciativa promovida pela EBF Comunicações em parceria com a Editora Inspire. O evento visa fornecer ferramentas aos líderes para acompanhar o crescimento da Igreja Brasileira que segundo estimativas chegarão a 109 milhões de evangélicos.

Um dos preletores confirmados para a edição 2011 é o pastor e escritor mineiro Lécio Dornas, bacharel em teologia, com graduação e pós pelos institutos Haggai Institute Maui (EUA) e Universidade Federal do Mato Grosso. Especialista em Escola Bíblia Dominical, o líder avalia passo a passo os caminhos e obstáculos do ensino de qualidade na Igreja brasileira. “A EBD brasileira passa por um tempo de avaliação e necessidade de ser repaginada quanto à sua estrutura e ao seu funcionamento”, pontua. Dornas reconhece a grandeza do desafio, mas mantém tem um olhar positivo quanto a demanda e oferta existentes na escola bíblica. “Ao mesmo tempo em que há muitas pessoas dentro da Igreja, há salas de aula que ainda precisam de mais alunos, por isso basta repaginarmos”.

Numa prévia do conteúdo que preparou especialmente para o Voe Mais Alto, Lécio Dornas concedeu ao Creio, com exclusividade, uma entrevista, traçando os tópicos mais pertinentes a alunos e professores de todo o Brasil, como falta de investimento e preparação de líderes e falta de linguagem acessível aos públicos de diversas idades. “Quando a igreja aprender a se comunicar com a nova geração, sem duvida vai crescer em relevância para ela e, por conseguinte, atrairá ao invés de afastar a juventude. Quanto mais a igreja oferecer alternativas de propostas curriculares, locais, dias e horários para o estudo da Bíblia, mais pessoas vai alcançar” frisa.

Além de Lécio Dornas, nomes como Carlito Paes, Hernandes Dias Lopes, Josué Gonçalves, Robson Rodovalho e Professor Menegatti. Na edição 2011 o tema do evento é ‘Lideres para Transformar a Nação’ e as inscrições já podem ser feitas pelo site www.voemaisalto.com.br .

Como o senhor avalia, de modo geral, a EBD brasileira? A qualidade do ensino se mantém em alta?

Lécio Dornas - Na minha avaliação, a EBD brasileira passa por um tempo de avaliação e necessidade de ser repaginada quanto à sua estrutura e ao seu funcionamento. Sua proposta é de extraordinário valor e de uma relevância cuja atualidade é inquestionável; no entanto, o cumprimento de sua missão educacional e transformadora tem sido prejudicado exatamente por falta de atualização e contextualização.

O que é maior, se tratando de EBD, a demanda ou a oferta? Qual o principal público hoje?

É uma questão de avaliação. Se entendermos por demanda o conjunto das pessoas que estão nas igrejas, embora fora da EBD, bem com das que nem mesmo na igreja estão; eu afirmo que a demanda é muito maior que a oferta, pois não caberiam nas classes se todos votassem à EBD. Porém, se olharmos apenas os lugares vazios dentro das classes de EBD das igrejas que ainda não acordaram para a necessidade de repaginarem a maior escola do mundo, podemos concluir que a oferta é maior que a demanda. Particularmente, prefiro a primeira avaliação.

Não investir em educação bíblica é o que mais afasta o jovem de hoje da Igreja?

A falta de investimento em educação, sem dúvida, é sempre prejudicial. Penso inclusive que um investimento mais sério e comprometido com a Educação Religiosa focado na infância e adolescência, ajudaria muito na diminuição do afastamento do jovem da igreja. No entanto, vejo que esta questão é mais abrangente, tocando essencialmente na capacidade da igreja contemporânea de se comunicar com a nova geração. Tal comunicação requer o entendimento tanto do comportamento, quanto da linguagem, como das necessidades espirituais e religiosas do jovem de hoje. Quando a igreja aprender a se comunicar com a nova geração, sem duvida vai crescer em relevância para ela e, por conseguinte, atrairá ao invés de afastar a juventude.

Há igrejas que, para dinamizar a EBD, alternam horários, locais e até mesmo dias para o ensino. Como o senhor avalia esta prática? É uma ferramenta eficaz e, se achar que é, vale tudo para não perder alunos?

Quanto mais a igreja oferecer alternativas de propostas curriculares, locais, dias e horários para o estudo da Bíblia, mais pessoas vai alcançar. Trata-se mais de uma estratégia para dar a mais pessoas acesso ao estudo da Palavra de Deus, do que de uma ferramenta.  Penso que todos os esforços devem ser feitos para que alunos não sejam perdidos como também para que novos sejam ganhos. A igreja deve ser incansável em oferecer opções novas e alternativas criativas para o estudo das Escrituras e, assim, alcançar cada vez mais pessoas.

Aos que ainda tem dificuldade de manter um ensino forte e com um público grande, o que o senhor recomenda? Quais os erros e quais os melhores caminhos para quem quer investir mais em EBD?

Penso que os pontos mais importantes são: Foco na capacitação e preparo dos professores, investimento em recursos viabilizadores de melhoria de ensino, planejamento educacional que contemple alternativas que sejam do interesse dos membros da igreja, adoção de uma política orçamentária que contemple de forma significativa a tarefa educacional e, por fim, uma ação pastoral incentivadora e apoiadora à proposta da EBD.

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