Pastor da igreja Lakewood, em Houston, Texas (EUA), Joel Osteen - que é conhecido por sua personalidade efervescente e opiniões um tanto 'inusitadas' sobre diversos assuntos - diz que não está enganando as pessoas, quando decide não pregar sobre o inferno.
"Você sabe, não são o fogo e o enxofre do inferno. Eu digo que a maioria das pessoas estão abatidas o suficiente pela vida", disse Osteen em uma edição especial de Páscoa da CBS 'Sunday Morning'. "Eles já se sentem culpados o suficiente. Eles não estão fazendo o que deveriam, como cuidar dos filhos - todos nós podemos encontrar razões. Então, eu quero que eles venham para a Lakewood ou nossas reuniões e sejam ajudados a se levantar para dizer: 'Quer saber? Eu posso não ser perfeito, mas eu estou seguindo em frente. Eu estou fazendo o melhor'. Eu acho que isso te motiva a fazer melhor".
Outros pastores, no entanto, acreditam as pregações sobre 'fogo e enxofre' podem ser o que a igreja precisa no momento.
"Para a vergonha de grande parte da Igreja de hoje, tem havido uma recusa, firme e perseverante de qualquer verdade que não resulte em pessoas 'se sentindo felizes' e 'alvos do carinho de Deus", escreve o pastor e conferencista John Burton. "Embora a mensagem central tenha a ver com a intimidade agradável e da caminhada com Jesus, eu entendo que uma coisa não exclui a outra. Esse ensino, quando se está sozinho, além de todo o conselho da Palavra de Deus, produz um povo que não entende sobre o temor do Senhor, a gravidade de suas decisões, seu estilo de vida ou a intensidade e proximidade da eternidade".
Apesar das críticas sobre o seu posicionamento, Osteen insiste que suas mensagens querem pregar a 'importância da positividade'.
"Nossa mensagem geralmente falam às pessoas para permanecerem em paz, serem respeitosas, se encherem de alegria e serem positivas", disse o pastor ao site northjersey.com. "Eu não sou muito específico sobre política, mas a nossa mensagem central quer transmitir a ideia de que todos os dias, você tem que escolher ser feliz, você tem que ignorar as coisas que são ditas e feitas de errado".
Sofrimento eterno
Segundo o pastor e escritor Augustus Nicodemus, se um líder cristão ignora em suas pregações / discursos, a realidade do inferno, está cometendo um grave erro. Ao comentar a visão do escritor Rob Bell sobre céu e inferno - o qual também buscou 'suavizar esta realidade', assim com Osteen, Nicodemus citou diversas passagens dos evangelhos, nas quais Jesus Cristo fala sobre abertamente o assunto.
"As referências de Jesus ao inferno, como o castigo eterno dos ímpios, formam reconhecidamente um dos temas dominantes do ensino dele", disse o teólogo em um de seus artigos, no qual criticou a visão do escritor Rob Bell, que 'suavizou o conceito de céu e inferno'. "É claro que o Senhor Jesus se preocupou com o sofrimento presente, mas consistentemente, como pode ser visto nas passagens acima, ele nos avisa que o sofrimento eterno é muito pior".
"O amor de Deus deve ser levado em conta juntamente com a sua santidade e sua justiça. Portanto, um cristão verdadeiro não considera o universalismo como a melhor saída ou o melhor fim da história. O melhor fim da história é aquele escrito por Paulo", destacou Nicodemus, citando uma passagem da carta do apóstolo aos Romanos.
"Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?". (Rom 9:22-24).
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