Pastor resiste à perseguição em país muçulmano: "Vamos morrer aqui servindo"

Rehanullah trabalha na Ásia de forma silenciosa, pois não pode expressar sua fé cristã publicamente.

Fonte: Guiame, com informações do Portas AbertasAtualizado: sexta-feira, 26 de janeiro de 2018 às 12:29
“Continuaremos contando às pessoas sobre Jesus", diz Rehanullah, que não pretende parar de pregar. (Foto: Reprodução).
“Continuaremos contando às pessoas sobre Jesus", diz Rehanullah, que não pretende parar de pregar. (Foto: Reprodução).

Rehanullah é cristão que mora em um país muçulmano, da Ásia. Ele vive em um cenário caótico de perseguição religiosa. Por conta de sua fé, ele não pode expressar o quando ama Jesus. Apesar disso, ele não se cala, mas prega o Evangelho para que outras pessoas conheçam seu Deus.

Ele trabalha de forma silenciosa, com ajuda da Portas Abertas, uma organização que apoia os cristãos perseguidos. Em entrevista para a organização, Rehanullah contou sobre como têm sobrevivido dias após dia.

“Na hora da refeição, ele se senta na ponta da mesa, reparte o pão e agradece a Deus pela comida. Depois distribui os pães primeiro para suas netas e noras. Se analisarmos a cultura daquele lugar, o costume é que os homens comam primeiro que as mulheres”, diz o artigo publicado no site oficial.

Rehanullah diz: “Quando não tem ninguém por perto eu quero que minhas filhas saibam que as valorizamos. Eu aprendi isso quando vi como os cristãos não diferenciam meninas de meninos”.

“Eu também aprendi a agradecer a Deus pela comida que comemos e pedir que ele a abençoe. Eu vi que os cristãos falam com Deus sobre tudo, não apenas palavras repetitivas, mas conversas reais”, acrescentou.

Com firmeza, Rehanullah ressalta: “Nós somos cristãos. Eles dizem que não existimos, mas por sussurros eu te digo ‘nós somos cristãos’. Podemos ser silenciados de algumas formas, mas através de nossas orações e amor por Jesus, ele está feliz. Vivemos em dificuldade, mas temos certeza de que é ele que devemos seguir”.

O primeiro

Rehanullah ainda conta que ele foi o primeiro de sua família a se converter. Logo depois vieram seus filhos, que foram evangelizados em um campo de refugiados e, quando puderam voltar para casa, estavam todos batizados. Eles conhecem outras famílias que compartilham da mesma fé e juntos vão se fortalecendo para continuar a caminhada em Cristo.

Como não há um pastor oficial na região, Rehanullah ficou responspável por cuidar dos cristãos onde mora. Ele é como um pastor para eles, pois em seu país não há uma igreja “organizada” ou formal.

“Este é o meu país, este é o meu povo e esta é a minha responsabilidade. Nós vamos morrer aqui servindo”, salienta Rehanullah que pede orações pela Igreja Perseguida no mundo muçulmano. “Nós não estamos sozinhos e continuaremos contando às pessoas sobre Jesus. Nós não precisamos contar nossa identidade, precisamos contar sobre a dele”, finalizou. Rehanullah teve seu nome alterado por motivos de segurança.

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