Aos 30 anos, Irene Rollins aparentava ter uma vida perfeita. Ela e o esposo pastoreavam uma igreja em crescimento, tinham uma boa casa e três filhos. Mas por dentro, Irene estava sendo consumida pelos traumas de infância que ressurgiram em sua vida.
Lutando contra a dor causada por flasbacks dos abusos sexual, físico e verbal sofridos quando criança, a pastora passou a recorrer ao álcool para anestesiar seu sofrimento. “Eu estava completamente desmoronando e desmoronando. Tive uma espécie de crise de meia-idade nos meus 30 anos”, contou Irene ao 700 Club Interactive.
No início, Irene achou que estava apenas tomando uma taça de vinho no jantar para aliviar o estresse, mas sem perceber, a dependência ao álcool começou a crescer cada vez mais. O vício começou a afetar seu relacionamento conjugal e toda família, mas a pastora negava a dependência química.
“Sou esposa de um pastor, pastores não vão para a reabilitação. Eu sou mãe, não há como isso estar acontecendo comigo”, pensou ela.
Enquanto em casa, as brigas entre o casal aumentavam devido ao seu consumo de álcool, na igreja Irene continua atuando com uma máscara, como se tudo estivesse correndo bem. Quando o vício dela piorou, a família e amigos próximos decidiram intervir. Seu esposo a internou num centro de reabilitação, especializado no tratamento de vícios ligados a traumas.
Irene Rollins e família. (Foto: Facebook/Irene Rollins).
Durante 40 dias, a pastora enfrentou de frente os traumas passados e começou a experimentar a cura emocional. Mesmo participando das reuniões do Alcoólicos Anônimos (AA) e conhecendo histórias como a dela, Irene não conseguia admitir que se tornou uma alcoólatra.
Mas, no 38° dia de tratamento, ela teve um encontro especial com Deus. “Deus falou comigo e disse: ‘Irene, você está olhando o mundo através de lentes distorcidas’. Eu percebi que estava olhando o mundo através do fundo de um vidro e não conseguia ver as pessoas que me amavam, minha igreja que me amava, meu Deus que me amava, apesar de todos os meus erros”, contou a pastora.
Confessando as fraquezas para ser livre
Irene pode entender que havia se tornado alcoólatra e naquele dia, durante a reunião do AA, ela pôde admitir que precisava de ajuda e foi liberta, completando seu processo de cura. “Foi como se um peso enorme tivesse sido tirado de mim pela graça de Deus que me inundou e seu poder for verdadeiramente aperfeiçoado na minha fraqueza”, testemunhou a cristã.
Ao sair da reabilitação, Irene foi recebida com muito amor e empatia por sua igreja, que apoiou ela e sua família. A transparência de Irene com sua congregação, lhes contando sobre sua luta contra o álcool, fez com que outros crentes se sentissem livres para também confessarem seus problemas e a encontrar ajuda uns nos outros.
“O inimigo não nos quer livres porque quando somos livres, compartilhamos nossas histórias e libertamos outras pessoas”, declarou Irene.
O relacionamento familiar de Irene foi restaurado com o esposo e com os filhos e hoje a família vive muito bem. “Por toda a minha vida eu sempre senti a presença e a orientação de Jesus comigo. Eu nunca estive sozinha. Há esperança”, testemunhou a pastora.
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