Após uma manifestação de militantes gays em frente à Igreja da Candelária (Rio de Janeiro), no último sábado (04/10), a psicóloga cristã especializada em Direitos Humanos e o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) decidiram formular uma petição para criminalizar o uso indevido de símbolos religiosos.
No protesto realizado pelas ativistas Sara Winter e Bia Spring, do movimento feminista "Bastardxs" se posicionaram seminuas, coladas a uma cruz de papelão, com coroas de espinhos e se beijaram em frente à igreja. Segundo o texto apresentado junto ao documento, o uso de elementos religiosos em protestos como estes, denigrem a imagem de qualquer religião e promovem a intolerância.
Procurados pela redação do Portal Guiame, Feliciano e Marisa Lobo explicaram que já havia o desejo de agir neste sentido.
"Na verdade há tempos nossa indignação vem crescendo. Desde o episódio dos ativistas que desrespeitaram os cultos onde eu ministrava, passando pela Jornada da Juventude no RJ, onde a marcha das vadias de maneira despudorada promoveu uma 'auto-empalação', usando crucifixos e despedaçando símbolos religiosos publicamente.[...]Vivemos num Estado Laico não em um Estado Laicista!", explicou Feliciano.
O deputado ainda destacou o nome da psicóloga Marisa Lobo, como idealizadora da Petição.
"Falei com a Dra Marisa e ela encabeçou este movimento com muita propriedade!", disse o deputado.
Perseguição religiosa
Ao comentar a proposta da petição, Marisa destacou a perseguição sofrida pelos cristãos de diversas formas e em vários países.
"O povo cristão é o mais perseguido do mundo. Nós entendemos que há sim uma liberdade de expressão, mas aqui no Brasil, isso já passou dos limites. Resolvi elaborar esta petição para chamar a atenção das autoridades e levantar a discussão sobre até que ponto esta liberdade de expressão não está ferindo direitos básicos, também garantidos pela Constituição", disse.
Em menos de 48 horas após o seu lançamento, a Petição já conseguiu mais de 4 mil assinaturas. Segundo Marisa Lobo, a expectativa é que 500 mil assinaturas sejam colhidas.
Para acessar o documento online, clique aqui.
Por João Neto - www.guiame.com.br
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