Por estarem vazias, igrejas da Europa estão sendo colocadas a venda

Com o aumento do número de igrejas vazias na Europa, os templos tem sido colocados venda para dar espaço a projetos comerciais.

Fonte: Guiame, com informações de The Wall Street JournalAtualizado: segunda-feira, 5 de janeiro de 2015 às 18:49
A igreja de Arnhem, na Holanda, que foi vendida e tornou uma loja de roupas.
A igreja de Arnhem, na Holanda, que foi vendida e tornou uma loja de roupas.

 

O rápido enfraquecimento da fé cristã na Europa resultou no fechamento de muitas igrejas, que por estarem vazias, tiveram de ser vendidas. Locais de adoração a Deus se tornaram academias, supermercados, lojas e até bares.

O cenário de outras religiões é muito diferente do cristianismo. O Judaísmo Ortodoxo, que é predominante na Europa, tem se mantido relativamente estável. Por outro lado, o Islamismo cresceu pela influência de imigrantes da África e do Oriente Médio.

O número de muçulmanos na Europa representava cerca de 4,1% da população total da Europa em 1990. Em 2010, os muçulmanos eram 6%, e a previsão é que chegue a 8%, ou 58 milhões de pessoas, em 2030, de acordo com o Pew Research Center.

Quando as igrejas estão em desuso, muitas vezes são recriados espaços para artes, educação e esportes. No entanto, como os custos do prédio geralmente são caros, a antiga igreja acaba sendo tomada por projetos comerciais.

O cenário em países europeus

A Igreja da Inglaterra fecha cerca de 20 igrejas por ano. Cerca de 200 igrejas dinamarquesas foram considerados inviáveis ​​ou subutilizadas. Na Alemanha, 515 igrejas católicas fecharam nos últimos dez anos.

Na Holanda, a tendência parece ser a mais avançada. É estimado que 700 igrejas protestantes fechem nos próximos quatro anos. 

"Os números são tão grandes que toda a sociedade terá que lidar com isso", diz Lilian Grootswagers, ativista do Futuro para o Patrimônio Religioso, que trabalha para preservar igrejas. "Todo mundo vai ter que lidar com grandes prédios vazios em seus bairros." 

Os Estados Unidos tem evitado uma onda semelhante de fechamento de igrejas, porque os cristãos norte-americanos continuam sendo mais religiosamente atentos do que os europeus. No entanto, pesquisadores religiosos afirmam que a diminuição do número de fiéis americanos sugere que o país possa enfrentar o mesmo problema nos próximos anos.

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