Presbiterianos: cristãos nas redes sociais virtuais

Presbiterianos: cristãos nas redes sociais virtuais

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:01

A Igreja Presbiteriana do Brasil vive, juntamente com a sociedade brasileira e mundial, a aceleração na comunicação e nos relacionamentos virtuais por meio das redes sociais. Com o portal e a radio web, a IPB vem alcançando presbiterianos de todo o Brasil, e até fora do país, que ficam mais próximos de informações, cultos e atualidades sobre sua Igreja. Além dessas mídias “tradicionais”, Twitter, Facebook e Orkut caíram no gosto dos internautas cristãos que buscam relacionamentos nas redes, sem deixar de lado o interesse por assuntos que estão ligados à fé.

Para o Rev. Francisco Macena da Costa, pastor da Igreja Presbiteriana do Cambeba, em Fortaleza, Ceará, moderador da comunidade oficial da IPB no Orkut, o aumento de presbiterianos nas redes sociais é expressivo e precisa ser melhor assessorado. “Hoje, a realidade da participação virtual dos presbiterianos no Orkut, reflete outros desafios e requer outras demandas. Em pouco mais de um ano houve uma verdadeira redescoberta do poder das redes sociais, ao mesmo tempo em que se concretizou uma espécie de “desgaste” no antigo padrão interativo que cerceava a dinâmica dos presbiterianos no Orkut”, afirma Rev. Francisco.

Em um texto, escrito a fim de ampliar a discussão sobre essa importância virtual no meio presbiteriano, Rev. Francisco aborda questões sobre a capacidade que as redes sociais possuem e dos esforços necessários para que a ampliação de espaços virtuais tragam confiança para quem acessa as páginas, e transparência, fortalecendo a imagem da IPB enquanto Instituição séria e cristã, que, portanto, precisa atuar com contribuições de acolhimento aos internautas.

Inicialmente, Rev. Francisco explana sobre as mídias sociais como espaço que veio para ficar. “No Brasil, além do Orkut, temos a possibilidade de interagir através do Facebook, Twitter, My Space e tantos outros sites de relacionamentos que já marcam presença em vários dispositivos móveis que cada vez mais, fazem parte do cotidiano das pessoas. O crescimento das redes sociais e seu uso dinâmico indicam um caminho sem volta onde os relacionamentos se desprendem em certo sentido das amarras de tempo e espaço, favorecendo a rapidez, a agilidade, a qualidade da informação e a competência lingüística”.

Para muitos a superficialidade das interações virtuais afastam os indivíduos, tornando as relações impessoais. Entretanto, para o Rev. Macena, as condições humanas se impõem com a expressão dos sentimentos, ainda que por palavras. “Apesar dessa universalização do saber se revestir de um manto impessoal, ainda assim, as redes sociais conseguem preservar uma lâmina da condição humana traduzida em palavras que expressam ansiedades, paixões, recalques, doçura, amargura e afeto. A digitalização do saber e da informação não teve o poder de des-humanizar os usuários, pelo contrário, o que se vê nas redes sociais é apenas o retrato digital da condição humana em toda a sua precariedade”, explica Rev. Macena.

As redes sociais, como se pode observar, fazem parte do dia-a-dia de cada individuo, colocando-o em contato com o vasto universo digital, que traz para o internauta informações de diferentes localidades, diferentes interesses em uma velocidade em que este já está inserido e, por isso, cobra ainda mais agilidade dos agentes que regem seus interesses. Sendo assim, Rev. Macena defende que as Instituições históricas precisam investir em qualidade de espaços virtuais de relacionamento.

“Considerando que as redes sociais foram incorporadas ao cotidiano das pessoas e que esse processo é irreversível, cabe às instituições históricas incrementar formas planejadas do uso estratégico das redes sociais. Através das redes as igrejas históricas no Brasil terão uma grande possibilidade de interagir, dialogar e fazer parte do cotidiano de milhões de pessoas. Efetivamente não basta apenas criar uma comunidade ou um perfil, antes é necessário investir em tempo, recursos, qualificação, conteúdo e qualidade da informação. As redes sociais vieram para ficar e certamente serão mais bem aproveitadas quando as instituições despertarem no tocante ao poder exponencial das redes no processo de multiplicação e construção do saber através da virtualidade”.

Em 2010 Rev. Macena assumiu a Comunidade Oficial da IPB, o Orkut, e acredita ser esse um grande avanço. “Com o crescimento da cultura virtual em nosso país e com o maior acesso dos presbiterianos às redes sociais, creio que a invenção da comunidade oficial da IPB foi o grande evento dos últimos anos no cenário virtual dos presbiterianos brasileiros. Quando muitos pensavam ser impossível a apresentação midiática da IPB, a comunidade surgiu, trazendo a esperança de representar o verdadeiro simbolismo da tradição reformada brasileira ostentada pela IPB nesses 151 anos de implantação no Brasil”.

Os internautas que buscam qualquer tipo de conteúdo, digitam nas páginas de busca os assuntos de seu interesse e se deparam com informações que são passíveis, ou não, de credibilidade. Muitos anônimos passam a ser conselheiros, ocupando, na maioria das vezes, o espaço de pessoas que teriam mais autoridade no assunto. Com base nesta constatação, Rev. Macena faz a seguinte afirmação:

“Tempos atrás, apenas os doutores da igreja que ocupam cátedras nos centros de formação acadêmica dispunham do ônus docente em nossa denominação, mas com o advento das redes sociais anônimos se ergueram como editores profícuos para os leitores assíduos das mídias virtuais, provendo uma resposta rápida para os seus questionamentos, dúvidas e conflitos”.

A afirmação do pastor, como ele mesmo explica, não tem o objetivo de desprestigiar os centros de formação teológica. “Apenas estou constatando o fato de que através das redes sociais, anônimos se tornaram docentes de uma cultura virtual, formando opiniões e gerando um campo relativamente sólido de influência. Penso que o passo posterior à criação da comunidade oficial nas redes sociais, depende de um avanço no sentido de encarar o diálogo virtual como um ministério da Igreja a fim de promover edificação no corpo de Cristo”.

Para o Rev. Macena, o cuidar das ovelhas está além dos muros das igrejas. Hoje a IPB, além do Orkut, possui um perfil no Facebook e no Twitter que agregam muitos presbiterianos interessados no que se escreve e nas atualizações. Para o pastor que já atua no Orkut, o apelo aos dirigentes de Comunicação da IPB é para a continuidade desse progresso e de melhores qualificações de espaços virtuais. “Espero que a APECOM esteja sensível aos novos valores que regulam os processos de construção dos saber e da informação em nossos dias. Igualmente anseio que seja dada a devida continuidade no tocante ao projeto da comunidade oficial da IPB nas redes sociais e que a participação e gestão dos fóruns sejam encaradas antes de tudo como um ministério urgente, que seja usado como instrumento para a glória do Senhor”.

Para ler o texto na íntegra, acesse http://feembusca.blogspot.com .  

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