O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT) Toni Reis, publicou uma carta aberta em que reprova o posicionamento de José Serra (PSDB) sobre o 'kit gay'.
A crítica de Reis é que a afirmação de que o objetivo do material seja doutrinar a opção bissexual nas escolas.
Criado na época em que Fernando Haddad (PT) era ministro da Educação, o 'kit gay' se tornou arma na campanha contra o candidato.
"Prezado José Serra, não manche sua biografia. Não rife nossos direitos. Peço, para uma boa política comprometida com o respeito a toda a população, como tem sido a marca de sua atuação nos cargos que ocupou, que continue dando ênfase à promoção indiscriminada da cidadania e da inclusão social, e que a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) não seja utilizada para gerar polêmica em época eleitoral, ou em qualquer outra época. Isto só serve para validar, banalizar e incentivar a homofobia e manter esta população à margem da cidadania", escreveu o presidente ABGLT.
"O Serra é uma das pessoas que mais fizeram pela comunidade LGBT, fez uma coordenadoria (na Prefeitura). Eu me choquei quando ele falou que alguém doutrina a pessoa. É um preconceito atroz", disse Reis, ao classificar José Serra como preconceituoso.
Silas Malafaia, que é contra Fernando Haddad, gravou um vídeo em que diz ser absurda a comparação entre os dois materiais.
José Serra também disse que é mentira que sejam parecidos. "Não tem nada a ver com o desastrado kit gay, do Fernando Haddad, que custou R$ 800 mil, a Dilma vetou, e não envolve nenhuma medida positiva", completou.
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com informações do Estadão