Professor cristão pode perder carreira por não usar pronome trans

Joshua alegou que não vai abandonar suas crenças e reforçou que os seres humanos nascem homens ou mulheres.

Fonte: Guiame, com informações de Christian ConcernAtualizado: quinta-feira, 12 de janeiro de 2023 às 12:43
Joshua Sutcliffe. (Foto: Reprodução/Christian Concern)
Joshua Sutcliffe. (Foto: Reprodução/Christian Concern)

O professor de Londres, Joshua Sutcliffe, de 32 anos, enfrenta uma série de acusações por agir de acordo com sua fé e princípios bíblicos. 

Nesta semana, a Agência de Regulação de Ensino (TRA), moveu um processo para excluir o professor por não usar corretamente a “linguagem neutra de gênero” com um de seus alunos. 

Ele foi suspenso e demitido por usar pronome feminino ao se referir a uma menina que “escolheu ser um menino”. Quando percebeu que ela estava no grupo das meninas com quem ele falava, o professor se desculpou. 

Mesmo assim, Joshua foi punido. O professor é conhecido por seu histórico exemplar no ensino, pelo alto desempenho e é bem popular entre funcionários e pais de alunos, conforme o Christian Concern.

‘Seres humanos nascem homens ou mulheres’

Apoiado pelo Christian Legal Centre — organização que apoia legalmente cristãos no Reino Unido — Joshua explicou que evitava usar “pronomes específicos de gênero” por conta de suas crenças.

Ele justificou lembrando que a Bíblia mostra que os seres humanos nascem homens ou mulheres. No entanto, a escola optou por forçar agressivamente uma ideologia secular e se recusou a respeitar as crenças do professor.

Segundo Joshua, a escola não forneceu nenhum tipo de treinamento sobre transgêneros, mas a liderança tentou intimidá- lo a se submeter ao uso dos pronomes trans, caso contrário ele deveria renunciar ao cargo.

‘O mundo enlouqueceu’

Ao tomar conhecimento sobre o ocorrido, o ex-presidente do Partido Conservador, Lord Tebbit, disse: “Parece que o mundo todo enlouqueceu, pois agora uma pessoa é punida por declarar um fato biológico”. 

Joshua foi investigado e alguns fatos foram relembrados. Em dezembro de 2017, uma escola de Oxford disse que o professor “quebrou a política de igualdade”. Em sua defesa, ele explicou que disse ao diretor que “não concordava com a crença de transgenerismo”. Na ocasião, Joshua enfrentou uma ação legal e foi demitido por discriminação.

O professor conta que costuma pregar nas ruas e que já distribuiu mais de 2 mil Bíblias às pessoas. Por sua postura ativa como cristão, ele disse que também enfrenta a “cultura do cancelamento”.

Discriminação e perseguição a cristãos

Andrea Williams, diretora-executiva do Christian Legal Centre, disse que o TRA tem como alvo um professor excepcional. 

“Suas crenças cristãs não se alinham com a ortodoxia secular predominante. Por amar Jesus, falar a verdade e responder às perguntas dos alunos sobre a fé cristã, ele está sendo expulso da profissão de professor”, ela apontou.

“Com a escassez crítica de professores na profissão, por que o TRA está tão determinado a forçar um professor de alto desempenho a abandonar suas crenças cristãs?”, questionou.

Para a advogada, os profissionais estão sendo “obrigados” a aceitar as identidades trans. “Continuaremos a apoiar Joshua na busca da justiça”, ela declarou ao concluir. 

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