Professor de Direito no Mackenzie é acusado de homofobia

Professor de Direito no Mackenzie é acusado de homofobia

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:29

O professor Marco Antônio Ferreira Lima (foto), da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, tem feito piadas homofóbicas no Facebook. Em algumas delas, zomba do STF (Superior Tribunal Federal) por legalizar a união estável de pessoas do mesmo sexo e por ter autorizado a chamada Passeata da Maconha.

No dia 17 de junho, às 8h54, por exemplo, Lima escreveu um “aviso de utilidade pública” no qual disse que o “STF determinou que ser gay agora é obrigatório”. Ele fez ainda menção ao uso de “supositórios mentolados extra-extra-grandes”.

No dia 26 do mesmo mês afirmou: “Deus criou o homem e a mulher! O resto quem criou foi o STF...”.

Antes, no dia 22: “viva falcão... homem é homem, menino é menino, macaco é macaco e viado é viado...” Falcão é o cantor de música brega. Faz parte de sua discografia, por exemplo, "A besteira é a base da sabedoria" e "What Porra Is This?"

Estudantes disseram que o professor também faz piadas homofóbicas em sala de aula. Ele acumula a função de procurador de Justiça do Ministério Público de São Paulo. Formou-se doutor pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Ontem (30), Lima usou o Facebook para defender o seu irmão Paulo Marcos, também professor da Mackenzie e procurador de Justiça, em um caso que está agitando os meios estudantis e jurídicos.

Na sexta-feira, 26, Paulo ameaçou dar voz de prisão a uma aluna Tatiana, do 5º semestre noturno, porque ela questionou a sua metodologia de ensino.

No Facebook, Marco acusou Tatiana de racismo porque, segundo ele, chamou o Paulo de “negro sujo”, dizendo que “preto não pode dar aula no Mackenzie e que “preto não pode ter poder”.

Escreveu Marco na rede social: “Somos negros sim e não ‘afro-descendentes’. Temos orgulho de ter engraxado o sapato dos pais de muitos brancos que hoje são nossos colegas...”

Rodrigo Rangel, presidente do Centro Acadêmico João Mendonça Júnior, acusou Paulo de abuso de poder. Em nota, disse: “Em um país de ‘Doutores’, em que qualquer um se acha acima da lei, não podemos permitir que em nossa faculdade, um ambiente exclusivamente acadêmico, pessoas desse tipo continuem a desrespeitar nossa Constituição, em uma perfeita cena de abuso de autoridade”.

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