Proibir oração por gays pode violar os direitos humanos, diz instituto do Reino Unido

“As crenças cristãs sobre sexualidade podem não estar na moda, mas não podem ser proibidas”, disse especialista.

Fonte: Guiame, com informações de Christian NewsAtualizado: quinta-feira, 6 de maio de 2021 às 15:00
Bandeira do orgulho gay vista durante parada em Berlim. (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)
Bandeira do orgulho gay vista durante parada em Berlim. (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)

O Instituto Cristão do Reino Unido diz que tomará medidas legais se o governo proibir a oração como parte da chamada “terapia de conversão”. Segundo o instituto, a proibição de oração, pregação e trabalho pastoral viola os direitos dos cristãos.

Os ativistas LGBT definem a terapia de conversão como tentativas de mudar a orientação sexual ou identidade de gênero de alguém. Em um conselho escrito para o The Christian Institute, o especialista em direitos humanos, Jason Coppel QC, diz que as definições de terapia de conversão propostas por ativistas criminalizam a expressão legítima de crenças religiosas.

Coppel diz que o evangelismo, a membresia da igreja, o batismo, a comunhão e até a oração particular podem violar uma ampla lei de terapia de conversão, como uma lei semelhante, recentemente aprovada, em Victoria, na Austrália.

Atrito entre ativistas LGBT e cristãos

A questão da terapia de conversão tem causado atrito entre ativistas LGBT e os cristãos conservadores. No mês passado, o primeiro-ministro, Boris Johnson, escreveu à Aliança Evangélica — um grupo cristão conservador que representa 3.500 igrejas, assegurando-lhes que o apoio pastoral para aqueles que exploram sua orientação sexual, incluindo a oração, permaneceria sendo legal.

O Instituto Cristão disse à Ministra da Igualdade, Liz Truss, que qualquer tentativa de ampliar a proibição para incluir "atividades cotidianas das igrejas" seria uma violação da lei de direitos humanos.

“O conselho de Jason Coppel confirma que as crenças cristãs sobre a sexualidade são protegidas pelas leis de direitos humanos. Elas podem não estar na moda, mas isso não significa que você pode proibi-las. É chocante ver ativistas tentando usar uma narrativa de 'dano' para justificar a opressão das comunidades religiosas conservadoras com a proibição de orações, pregação e serviço pastoral”, conclui.

O governo ainda não revelou o escopo do projeto de lei para banir a terapia de conversão, embora uma lesgilação possa ser aprovada no Parlamento ainda este ano.

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