Mais de um bilhão de reais. Esse é o lucro da FIFA com a Copa do Mundo. Sabe quanto para proteger crianças e adolescentes? Nada. Traço. Zero.
Trinta bilhões de reais. É o custo da Copa 2014 para os governos federal, estaduais e cidades-sede. E não se tem notícia de esforço pela garantia dos direitos infanto-juvenis.
Na Alemanha e na África do Sul, sedes das últimas copas, aumentaram os casos de exploração sexual. Por aqui, estamos indo pelo mesmo caminho. Investigação da vereadora Patrícia Bezerra apontou crescimento desse crime no entorno do Itaquerão, num relatório de CPI engavetado na Câmara Municipal de São Paulo.
É por tudo isso que em 18 de maio, Dia Nacional de Combate à Violência Contra Criança, nós fomos às ruas. Nós quebramos o silêncio. Paramos o trânsito, fizemos cartazes, gritamos palavras de ordem por aqueles que as autoridades têm insistido em ignorar. Hoje, nós ficamos de joelhos. Sim, para ilustrar como nosso país ficou diante da FIFA e suas exigências. Mas ajoelhamos também para clamar por cada uma de nossas crianças.
Quem faz tropeçar um desses pequeninos, deveria, antes, amarrar uma pedra ao pescoço e lançar-se ao mar, disse o Mestre a quem eu sigo. E, pessoalmente, acredito que, quando falamos de proteção à criança, quem se omite tem a mesma culpa de quem as explora.
Não feche os olhos. Não tape os ouvidos. Não cale sua voz. A Justiça pela qual clamamos é a dAquele que tudo vê, tudo ouve e fala sempre a favor de quem não tem. Essa Justiça “entra em campo” sempre que eu e você decidimos “entrar em campo”. Nós somos seus porta-vozes. E, em nome de nossa fé, nunca iremos nos calar.
Por Carlos Alberto Bezerra Jr
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