Rádio Melodia é acusada de envolvimento em fraude fiscal

Rádio Melodia é acusada de envolvimento em fraude fiscal

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:06

A Rádio Melodia FM, que teve um de seus telefones Nextel rastreados pela Polícia Civil do Rio na investigação sobre fraude fiscal envolvendo a Refinaria de Manguinhos , é conhecida por abrir espaço na programação para políticos evangélicos. Até 2006, a emissora transmitia o programa "A paz do Senhor, governador", em que o então governador Anthony Garotinho fazia prestações de contas de seu governo, entre outras atividades.

  O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é outro político que ocupa a programação da Melodia, onde tem até hoje um programa diário, transmitido inclusive nos fins de semana.

Criada em 1986, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, a Rádio Melodia foi adquirida, em seguida, pelo ex-deputado federal Francisco Silva. Com alcance nacional, a rádio tem um público evangélico. Na programação, música gospel, distribuição de prêmios e programas apresentados por políticos evangélicos e pastores. A emissora já chegou a ocupar o primeiro lugar nas pesquisas de audiência entre as emissoras de rádio do Rio e tem sua sede na Barra da Tijuca.

Francisco Silva foi deputado por três mandatos, de 1991 a 2003. Em 2002, ele foi o deputado federal mais votado do Estado do Rio. Seu filho Fábio Silva (PR) é deputado estadual, reeleito em outubro.

Em nota enviada ao GLOBO, Francisco Silva confirmou que o telefone rastreado pela polícia é mesmo da Melodia, "assim como quase uma centena de outros números que são usados por diversas pessoas, funcionários ou não da rádio, em função de necessidades diversas, sempre autorizadas pela rádio, mas de difícil identificação de usuário por aparelho em determinado momento, já que jamais mantivemos esse controle".

Ele também disse que Ricardo Magro, apontado nas investigações como um dos responsáveis pelo esquema de sonegação fiscal, o defendeu como advogado. Francisco Silva disse que estranha o fato de não ter sido procurado até agora pelos investigadores.

De acordo com o inquérito, o parlamentar ligado à máfia dos combustível estava no exercício do mandato no ano passado, o que afasta a hipótese de que o político seja o próprio Francisco Silva.  

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