Reprodução do templo de Baal é cancelada nos EUA: "Orações poderosas"

Segundo o pesquisador cristão Michal Snyder, a notícia é um "motivo de celebração", porém ele alertou que os Estados Unidos continuam "abraçando a idolatria a Baal de outras formas".

Fonte: Guiame, com informações do Charisma NewsAtualizado: terça-feira, 12 de abril de 2016 às 16:23
Templo de Baal já parcialmente em ruínas, na cidade de Palmyra / Síria. (Foto: Bernard Gagnon / Wikimedia Commons)
Templo de Baal já parcialmente em ruínas, na cidade de Palmyra / Síria. (Foto: Bernard Gagnon / Wikimedia Commons)

O Templo de Baal não terá mais suas partes reproduzidas na 'Times Square', em Nova York, como havia sido anteriormente noticada pela mídia internacional e também aqui no Guiame. A notícia tem sido motivo de celebração para muitos cristãos norte-americanos.

Renomados jornais norte-americanos, como o próprio 'New York Times', 'Snopes' e uma série de outras fontes de notícias tradicionais informou no mês passado que tudo estava indicado que as réplicas do arco de aproximadamente 14 metros de altura, anteriormente localizado à entrada do templo histórico de Baal, em Palmyra, Síria, seriam erguidas simultaneamente na 'Times Square', em Nova York e na 'Trafalgar Square', em Londres, durante este mês de abril. Mas agora isto não vai mais acontecer.

O único arco que será erguido estará na 'Trafalgar Square', e não será o que fazia parte do templo de Baal. Em vez disso, o Instituto de Arqueologia Digital (IDA) - que havia anteriormente anunciado a instalação das réplicas - mudou seus planos e fará uma reprodução do Arco do Triunfo que os romanos originalmente construíram em Palmyra e que, segundo historiadores, não tem qualquer relação o ídolo do Oriente Médio.

Comentando a mudança de planos do Instituto, o escritor e pesquisador cristão, Michael Snyder afirmou que recebeu a confirmação da notícia por meio de uma fonte confiável, uma amiga que esteve em contato com um funcionário do IDA.

"Na sexta-feira (8), recebi uma mensagem urgente de um contato que vem investigando isso e ela me disse que tinha falado diretamente com alguém do Instituto de Arqueologia Digital e que ela tinha sido informada de que nenhum arco seria erguido em Nova York, durante o mês de abril", relatou.

A informação recebida por Michael foi também confirmada na forma de um artigo assinado pelo jornalista Nigel Richardson e publicado no site do jornal britânico 'Telegraph', que é uma das fontes de notícias mais respeitadas do Reino Unido. Na última sexta-feira (8), o site divulgou que o plano original de colocar reproduzir o arco do templo de Baal, em Nova York e Londres, simultaneamente, tinha sido desfeito.

"Quando a equipe do IDA revelou em dezembro passado que tinha a intenção de usar os seus dados e experiência para construir não um, mas duas réplicas de arcos anteriormente existentes em Palmyra - que seriam reveladas simultaneamente em Trafalgar Square em Londres e Times Square, em Nova York - isso gerou manchetes em todo o mundo", escreveu Nigel para o Telegraph.

"Desde então, tem havido algumas mudanças na ideia original. Não haverá mais a inauguração simultânea em Nova York - eles podem transportar o arco de Londres para lá mais tarde, ou construir outro - e o arco de Palmyra que está sendo reconstruído já não é mais a entrada do Templo de Baal (que sobreviveu a uma tentativa de explosão em Agosto de 2015), mas sim o Arco do Triunfo (parcialmente destruído em outubro), anteriormente localizado em uma extremidade da Grande Colonnade", continuou.


Mudança
Apenas algumas semanas atrás, tudo parecia estar tudo pronto para este arco do templo de Baal ser erguido na 'Times Square', ainda em abril. Exemplo disto é o que foi noticiado pelo 'New York Times', em 19 de março:

"No próximo mês, o Templo de Baal virá à Times Square. Reproduções de arco de cerca de 14 metros que formavam a entrada do templo serão instalados em Nova York e em Londres, como um tributo à estrutura de 2.000 anos de idade, que o Estado Islâmico destruiu no ano passado, na cidade síria de Palmyra. A fúria do grupo em Palmyra - uma cidade que atingiu o seu auge no segundo e no terceiro século depois de Cristo, enfureceu o mundo, estimulando estudiosos e ambientalistas a investirem nesta ação", dizia a notícia do renomado jornal norte-americano.

Logicamente, o New York Times não foi o único a divulgar tal informação. O New York Post, por exemplo, também informou que a réplica seria erguida nas duas grandes cidades de países distintos.

Segundo Snyder, a mudança de planos do IDA levanta questionamentos pertinentes. Buscando respostas para esta 'reviravolta', o autor propõe alguns fatores que possivelmente influenciaram neste nova decisão do Instituto.

"Poderia ser possível que a mídia alternativa tenha desempenhado um papel? Uma vez que a notícia original saiu no 'New York Times' no mês passado, uma tempestade maciça entrou em erupção nos meios de comunicação alternativos e esta história foi viralizou em toda a Internet. Poderia ser possível que eles [IDA] tenham voltado atrás por causa da gigantesca repercussão negativa esta história acabou gerando?", questionou o escritor.

O pesquisador cristão também reconhece que o poder da oração pode realmente ter influenciado neste processo.

"É claro que não vamos subestimar as orações do povo de Deus. Uma vez que esta história se tornou viral, os cristãos em toda a América começaram a orar contra este arco. Falando por experiência pessoal, eu sei que as orações de homens e mulheres justos são extremamente poderosas e nós podemos nunca saber o quanto elas poderiam impactar esta situação", destacou.


Alerta

Snyder também reconheceu que a mudança de planos do IDA é realmente um motivo de celebração, mas aproveitou para alertar que os Estados Unidos vivem um contexto no qual o arrependimento genuíno é urgente.

"Por isso, vamos celebrar esta vitória, mas vamos também compreender que o que este país está enfrentando não vai mudar fundamentalmente, a menos que haja um verdadeiro arrependimento. Porque mesmo que um monumento a Baal não seja erguidoem Nova York no próximo mês, continuamos a abraçar 'outras formas de Baal' como uma nação", alertou.

O autor citou como exemplo desta 'atitude lamentável' que os cristãos norte-americanos têm tomado ultimamente, a decisão que aprovou o aborto em todo o país e relacionou os sacrifícios de inocentes, exigidos no culto a Baal.

"Desde Roe v. Wade foi decidido em 1973, mais de 58 milhões de bebês foram assassinados na América e é claro que isso era uma característica fundamental do culto a Baal no antigo Oriente Médio. Uma passagem onde encontramos isso na Bíblia é em Jeremias 19: 4-6".

O colunista também destaca outros tipos de perversão humana, como a distorção das relações sexuais e lembra que estes pecados também constituíam o culto a Baal.

"O culto a Baal está refletido na sociedade moderna com a exposição pública de atos sexuais. Nos tempos antigos, era 'comum' que ocorressem orgias bissexuais em torno dos altares de Baal e grandes multidões se reuniam em torno delas para assistir. E, claro, hoje somos uma nação que é absolutamente viciada em assistir outras pessoas tendo relações sexuais. Na verdade, estima-se que 68% dos cristãos consomem pornografia regularmente", disse.

"A menos que mudemos nossos caminhos, é inevitável que o juízo de Deus venha fortemente sobre a America. Deus continuar nos chamando ao arrependimento, mas continuamos acenando com um 'não' para Ele como uma nação. Em algum momento, o tempo vai acabar. Mas por enquanto, vamos comemorar esta vitória sobre o Templo de Baal", finalizou o autor com seu artigo publicado pelo site 'Charisma News'.

 

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