"Se amar a Cristo é um crime, então sou culpado", diz pastor ao ser torturado no Egito

Majed El Shafie foi preso por liderar uma igreja clandestina que tinha mais de 24 mil membros.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quinta-feira, 2 de agosto de 2018 às 15:32
Após ser preso, Majed El Shafie foi submetido a várias formas de tortura. (Foto: One Free World)
Após ser preso, Majed El Shafie foi submetido a várias formas de tortura. (Foto: One Free World)

O Rev. Majed El Shafie foi torturado enquanto estava preso no Egito. O ex-líder muçulmano passou a liderar uma igreja clandestina depois que se converteu ao cristianismo. Sua congregação cresceu rapidamente até que ele foi descoberto.

Shafie foi mantido nas salas de tortura da prisão de Abu Zabal, no Cairo, por sete dias em 1998, como líder de uma organização cristã de 24 mil membros. Ele foi informado por um guarda após dias de espancamento que ele poderia ser libertado e ainda ganhar um carro ou uma mulher se ele apenas negasse a Cristo e revelasse os nomes de seus amigos cristãos.

A oferta era tentadora, mas Shafie não aceitou. Ele enganou o guarda, dizendo que ia revelar os nomes em troca de uma boa refeição, mas o único nome que ele pronunciou foi o do verdadeiro líder da organização, Jesus Cristo.

O que se seguiu foi outro ataque brutal da guarda e mais três dias de tortura e prisão antes que Shafie fosse finalmente enviado para um hospital e ficou lá por três meses, para se recuperar. Shafie seria condenado à morte por três acusações, mas graças à ajuda de embarcações alugadas, ele escapou para Israel e mais tarde recebeu asilo no Canadá.

Continuando a obra

No Canadá, ele criou uma organização sem fins lucrativos que ajudou incontáveis ​​cristãos perseguidos de várias denominações ao redor do mundo. Na semana passada, Shafie foi um dos muitos crentes perseguidos que participaram de um congresso do Departamento de Estado dos EUA para o Avanço da Liberdade Religiosa.

O site The Christian Post falou com o fundador da One Free World International, que detalhou seu sofrimento no Egito e sua angustiante fuga através do Golfo de Aqaba. Vindo de uma proeminente família de advogados muçulmanos, Shafie disse que tinha 18 anos quando aceitou a Cristo como seu Senhor e Salvador, em 1996.

Ele não perdeu tempo em fazer sua parte e iniciou uma organização que defendia direitos iguais para as minorias religiosas no Egito. Em apenas dois anos, ele chegou a pregar para mais de 24 mil pessoas. Em 15 de agosto de 1998, ele foi preso em seu escritório.

"Fui levado para a prisão por sete dias de tortura", explicou o homem de 40 anos. "Eles começaram raspando meu cabelo, colocando minha cabeça em baldes de água fria e quente, me pendurando de cabeça para baixo. No terceiro dia, eles soltaram cães para me atacar, mas os cães não atacaram. Depois disso, eles me crucificaram por dois dias e meio".

"Eu quase morri", disse Shafie que não foi crucificado com pregos, mas teve suas mãos amarradas a uma cruz. No final de dois dias, suas mãos foram desatadas e ele foi submetido a outra forma de tortura.

"Eles fizeram um corte na parte de trás do meu ombro esquerdo e esfregaram sal na minha ferida aberta. Eu quase morri", lembrou ele. "Eu fiquei no hospital da polícia por três meses. Eles não queriam que eu morresse imediatamente, porque isso me torturaram. Eles queriam destruir minha reputação".

Fuga

Após três meses no hospital da polícia, Shafie foi submetido a prisão domiciliar por um período de oito a nove meses. Ele disse que foi condenado por três acusações: organizar revogação contra a autoridade egípcia, tentativa de mudar a religião oficial do Egito do islamismo para o cristianismo e adorar a Cristo.

"Minha declaração foi: 'Se amar e adorar a Cristo é um crime, eu sou culpado como acusado'", disse Shafie. Segundo o tribunal, esses eram crimes justificavam a pena de morte. A equipe de Shafie descobriu a sentença e o avisou. Ele escapou de sua prisão em casa e foi para Alexandria.

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