Segundo lockdown pode gerar danos piores que o próprio vírus, diz pastor britânico

Dr. Ian Paul advertiu que nem todos encaram o isolamento social de uma forma saudável e que esta fase é de sofrimento para muitas pessoas.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: terça-feira, 29 de setembro de 2020 às 12:51
Quadros de ansiedade e depressão têm sido agravados durante o cumprimento das medidas de lockdown. (Foto: New Indian Express)
Quadros de ansiedade e depressão têm sido agravados durante o cumprimento das medidas de lockdown. (Foto: New Indian Express)

O teólogo evangélico Dr. Ian Paul advertiu que um segundo lockdown em razão de uma segunda onda da pandemia do coronavírus na Europa pode criar mais problemas do que resolver.

O popular blogueiro cristão e editor da Grove Books é um dos signatários de uma carta aberta, pedindo aos respectivos governos do Reino Unido que não fechem as igrejas pela segunda vez.

Ele disse à apresentadora da Sky News, Kay Burley, que o governo "não pode simplesmente pensar sobre este vírus isoladamente" e deve "considerar todas as implicações".

Ele disse que o lockdown estava tendo um "efeito enorme" nas pessoas e que o governo precisava pensar mais na "dimensão espiritual da vida".

"[O Lockdown] cria medo, cria isolamento", disse ele.

"Aqueles que vivem por conta própria, aqueles que são pobres e não podem se dar ao luxo de ter grandes lugares para morar e jardins para visitar, sofrem desproporcionalmente”, acrescentou.

Ele prosseguiu, sugerindo que foi um erro do governo planejar sua resposta em torno de quaisquer noções de "derrotar" o coronavírus.

“Uma das coisas que o vírus fez foi nos confrontar com nossa própria mortalidade”, disse ele.

"Pessoas morrem de doenças e precisamos colocar os riscos da Covid no contexto do fato de que hoje na Grã-Bretanha, normalmente, 1.698 pessoas morrerão tragicamente, e precisamos ver o quadro mais amplo do que isso está nos dizendo", destacou.

Ele acrescentou: "A dimensão espiritual da vida é realmente importante. A Igreja cristã tem uma mensagem de esperança para oferecer ao mundo."

Mais de 800 líderes de igrejas e cristãos de muitas denominações diferentes assinaram a carta para o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, bem como o da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, implorando para que mantenham as igrejas abertas.

Na carta, eles alertam que as restrições ao coronavírus já estão tendo um "poderoso efeito desumanizador na vida das pessoas, resultando em uma onda crescente de solidão, ansiedade e danos à saúde mental".

Eles enfatizam seu apoio a "medidas proporcionais" para reduzir a propagação da Covid-19, mas acrescentam que "não podem apoiar tentativas de alcançá-las que, em nossa opinião, causam mais danos às pessoas, famílias e sociedade - física e espiritualmente - do que o próprio vírus".

Outro signatário da carta, o comentarista evangélico David Robertson disse que embora fosse possível para as igrejas a celebração de cultos online, não poder se reunir seria "um grande obstáculo" ao seu trabalho mais amplo.

"Devemos ser livres para nos encontrarmos, tomando as devidas precauções", disse ele.

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