Sequestro leva garoto evangélico ao Rio de Janeiro

Sequestro leva garoto evangélico ao Rio de Janeiro

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:26

O casal José Heleno Guedes da Silva e Eliane Santos da Silva procurou a Delegacia de União dos Palmares, no final da manhã desta terça-feira (23), onde se identificou como sendo os pais do menino Sérgio Guedes da Silva, de 10 anos. Sequestrada há dois anos, a criança foi encontrada no Rio de Janeiro, na companhia de Luiz Henrique Maciel, preso há uma semana sob acusação de sequestrar outra criança.

Sérgio está no lar de Acolhimento Respeito e Amor, em Campo dos Goytacazes, desde dezembro de 2009 e informou à instituição ser de Alagoas.

Assim que recebeu o contato da instituição acolhedora, o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, ligado à Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, divulgou a informação.

De acordo com informações da assistente social do lar de acolhimento, Cinthia Paes Guimarães, o menino foi levado pelo Conselho Tutelar da região após a prisão de Luiz Henrique, até então seu responsável, devido à tentativa de sequestro de outra criança cujos pais haviam registrado seu desaparecimento no dia anterior ao ocorrido.

As informações da instituição ainda dão conta de que Sérgio, quando questionado, referia-se a Luiz Henrique como pai e disse que não se lembrava do nome de sua mãe. Com o passar do tempo, ele relatou que sua mãe chama-se Eliane Souza da Silva e seu pai ''Zé Lino'' Souza da Silva. O menino também relatou ter irmãos - ''Andrel, Davi, Varisto, Vitória'' e disse que sua avó paterna, ''Mãe Carmem'', é cadeirante e que seu avô paterno, que era ''doente de um negócio na cabeça'', é falecido.

O menino informou que morava em uma ''cidade'' depois de Maceió. "Depois de Maceió segue reto e tem uma cidade e que é lá, não tem praia, mas tem um rio com pedras e uma ponte, que mora próximo ao assentamento dos sem-terra'', disse o menino à assistente social. Ele também informou que há uma ''usina de cachaça'' e uma ''praça de motoqueiros''.

Sérgio também contou à instituição de acolhimento que seus pais não batiam, que não passava fome e que todos os irmãos ajudavam o pai a vender tapiocas produzidas pela mãe na ''Feira da Roça'', que catavam e vendiam ferro velho e frequentavam a Igreja Assembléia de Deus.

O sequestro

Questionado sobre como foi parar no Rio de Janeiro, Sérgio relatou que estava na escola, quando o acusado, Luis Henrique Maciel, o chamou para ir de carro a Maceió buscar uma cesta básica para seus pais e ele teria aceitado. O menino disse que Luis Henrique tem um filho chamado Alex, que conhecia sua família e que ficou em Maceió. Segundo a criança, Luis Henrique o orientou a chamá-lo de pai, obrigava-o a trabalhar sob ameaça de castigos físicos e que não dormia bem à noite com medo de que o sequestrador lhe fizesse algo porque costumava se embriagar.

O Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente divulgou o número do telefone 8883-7564 e o e-mail - [email protected] para informações sobre o caso e, após a conclusão da investigação policial sobre a identidade dos supostos pais, fará novo contato com a instituição, no Rio de Janeiro, para viabilizar o traslado do menino para Alagoas.

Por Viviane Chaves

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