Setembro Amarelo: Igreja de Goiânia faz cultos com foco em saúde mental

Setembro é um mês marcado pela conscientização e prevenção ao suicídio, com a campanha mundialmente conhecida como ‘Setembro Amarelo’.

Para abordar o tema, uma igreja de Goiânia lançou a campanha "Não Desista", com cultos ao longo do mês que terão ênfase na vida espiritual, emocional e psicológica.

Líder do Ministério Vida e psicólogo de formação, o pastor Frank Mendonça destaca a importância da campanha e do apoio emocional para todas as pessoas.

“Nós estamos voltando os nossos cultos, as mensagens e louvores para que possamos ainda mais estimar e valorizar a vida. A Bíblia traz ferramentas, conceitos e ensinos também para questões como ansiedade e depressão", explicou o pastor.

^{Pr. Frank Mendonça, líder do Ministério Vida. (Foto: Instagram/Ministério Vida)}

'Não desista de você'

Para divulgar a campanha, a igreja está usando suas mídias sociais com mensagens como: "Não vamos desistir de viver o melhor dEle".

Com o passar dos anos, muitas igrejas evangélicas têm se voltado para a questão da saúde mental, no sentido de quebrar o estigma em torno de cuidados psicológicos, considerados de forma equivocada por muitos cristãos como desnecessários. E também para promover a busca por ajuda profissional quando for o preciso.

A iniciativa do Ministério Vida de Goiânia inclui a realização de palestras, grupos de apoio e atividades que promovem o diálogo sobre saúde mental e bem-estar emocional.

Grito da alma

Para a psicóloga Clarice Ebert, a saúde mental não se mapeia apenas pela responsabilidade do indivíduo, numa clausura de superação individualista, como se as situações, as contingências e as relações não precisassem ser levadas em conta.

“Ao contrário, a saúde mental se estabelece na relação divina e humana. O contexto sociocultural-relacional, onde uma pessoa vive, precisa ser considerado”, diz.

A colonista do Guiame explica que “isso significa que o grito da alma não diz respeito ao indivíduo apenas, mas a todos, pois somos responsáveis por construir contextos vivenciais mais humanos e justos, onde o cuidado de uns aos outros seja marcado pelo amor, igualdade, justiça, solidariedade e compaixão.”