Stephen Hawking afirma que a "ciência é Deus"

Stephen Hawking afirma que a "ciência é Deus"

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:43

Stephen Hawking, o aclamado físico de 69 anos, declarou ontem em entrevista a jornais ingleses que não tem medo da morte. Hoje suas declarações sobre Deus é um dos assuntos mais comentados do Twitter.

Pouco depois de ser diagnosticado com uma enfermidade incurável aos 21 anos, muitos esperavam que o autor do best-seller Uma Breve História do Tempo fosse morrer em pouco tempo. Mas ele disse que, pelo contrário, isso o levou a querer aproveitar mais a vida.

Falando sobre seu livro mais recente, The Grand Design, o professor Hawking explicou o que pensa sobre a morte. Ele rejeitou a ideia de uma vida após a morte e salientou que acredita na necessidade de viver todo nosso potencial aqui na Terra. Para ele, precisamos fazer bom uso de nossa vida agora, pois não há nada depois.

Esse é um contraste das afirmações de Uma Breve História do Tempo, em que ele dizia não duvidar da ajuda da “mão de Deus” no surgimento do universo. Ela agora explica: “Se você quiser, pode chamar as leis da ciência de ‘Deus’, mas não se trata de um Deus pessoal com o qual você pode conhecer e conversar”.

Em Londres para participar de uma convenção científica patrocinada pelo Google, ele falou com a imprensa sobre isso:

Guardian: Qual é o valor em saber “Por que estamos aqui?” SH: O universo é regido pela ciência. Mas a ciência nos diz que não podemos resolver as equações diretamente no abstrato. Precisamos usar a eficaz teoria darwiniana da seleção natural das sociedades com mais chances de sobreviver. Devemos atribuir a elas um valor maior.

Guardian: Você disse que não há razão para invocar a Deus para iluminar o universo. Toda a nossa existência resume-se ao puro acaso? SH: A ciência prevê que muitos tipos diferentes do universo são espontaneamente criados a partir do nada. É uma pura questão do acaso que estamos aqui.

Guardian: Mas já que estamos aqui. O que devemos fazer? SH:Devemos buscar o maior valor possível de nossas ações.

Guardian: Você teve um grande susto com sua saúde e passou algum tempo no hospital em 2009. O que você pensou? Tem medo da morte? SH: Tenho vivido com a perspectiva de uma morte prematura ao longo dos últimos 49 anos. Não tenho medo da morte, mas também não tenho pressa de morrer. Há muitas coisas que quero fazer antes. Considero o cérebro como um computador que vai parar de trabalhar quando seus componentes falham. Não há um céu nem vida após a morte para computadores quebrados. É só um conto de fadas para as pessoas com medo do escuro.

Guardian: Quais são as coisas que você acha mais bonitas na ciência? A ciência é bela quando se torna explicações simples de fenômenos ou uma conexão entre diferentes observações. Como exemplo, posso citar a dupla hélice na biologia e as equações fundamentais da Física.

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