O amor de Deus pode ser visto na vida de Jacó. Ele havia mentido para o pai, enganado o irmão, mas não havia conseguido apagar as chamas de sua própria consciência culpada. Os anos não conseguiram eliminar o drama vivido por ele.
A crise de Jacó com Esaú ainda estava acesa no seu coração. Depois de vinte anos, ele está de volta à sua terra. Agora precisa encontrar-se com Esaú. A culpa o assola. Ele que vivera a vida fugindo, precisa enfrentar a situação. Ele não pode fugir de si mesmo e por isso fica só. Jacó tem de olhar no espelho da sua própria alma e contemplar de fato quem ele é: um enganador.
Tem hora que a nossa maior necessidade não é caminhar na direção da multidão, mas avançar rumo à solidão. Precisamos aprender a conviver com nós mesmos, tomar a pulsação da nossa própria alma, nos aquietar para escutarmos os gritos do coração.
Muitas vezes, o próprio Deus nos empurra para a solidão a fim de refletirmos sobre nossa condição. Avançar na vida sem refletir não é sensato.
“Tomou-os e fê-los passar o ribeiro; fez passar tudo o que lhe pertencia, ficando ele só [...]”. Gn 32.23:24
- Hernandes Dias Lopes
via Cada Dia