Apesar de ser Dia de Finados, o clima triste de ontem em Madureira pouco tinha a ver com os mortos. Como bem resumiu, pelo Eu-Repórter do Extra Online, um carioca revoltado com a situação do bairro que já foi um dos principais centros de lazer da cidade, ontem foi o dia de acompanhar o sofrimento dos vivos.
Em um dia de respeito aos que já se foram, testemunhamos o desespero dos que ainda vivem.
A violência na região tem mudado até o horário para orar. Há algumas semanas, a Assembleia de Deus próxima à Serrinha antecipou em uma hora o horário de seus cultos. Agora, as cerimônias nunca passam das 20h.
É a segurança de quem frequenta a igreja. As pessoas que moram dentro da favela e devem voltar dos cultos correm ainda mais risco, então não podemos passar de um determinado horário contou uma das fiéis.
Nesta terça-feira, apesar do medo de moradores de entrar ou sair da favela, não havia carros da PM nos acessos à Serrinha. Apesar dos pedidos para que a polícia fosse ao local, nenhuma patrulha se posicionou nas entradas do morro. De manhã, policiais ainda entraram na Serrinha e derrubaram uma cabana que seria usada por traficantes.
Os comandos do 41º BPM e do 9º BPM não foram encontrados para explicar o porquê da ausência de policiais. A Polícia Militar informou que a Serrinha será ocupada por tempo indeterminado, mas não precisou quando isso ocorrerá.
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