Um Brasil evangélico? - parte 2 - Coluna Julio Severo

Um Brasil evangélico? - parte 2 - Coluna Julio Severo

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

Perspectiva de um evangélico sobre a possibilidade de um Brasil majoritariamente evangélico no futuro

O evangélico e o Estado ladrão

O evangélico na política engole as visões ideológicas que lhe são impostas de todos os lados e nada vê de errado no acúmulo estatal de riquezas a custa de impostos assaltantes. Décadas atrás, o Brasil tinha uma carga de impostos sobre os cidadãos de 10%. Hoje, essa carga aumentou para um peso insuportável e inimaginável de praticamente 40%!

Isto é, a maior parte dos recursos de impostos hoje é produto de roubo estatal, por meio de leis injustas. Como um seguidor de Jesus conseguiria ser um bom administrador de recursos públicos adquiridos por meio de furto estatal?

O Estado brasileiro, injustamente enriquecido com taxação criminosa, alega que sua elevadíssima cobrança de impostos tem como finalidade ajudar os pobres e investir na saúde, educação etc. O seguidor de Jesus aceitaria tal desculpa?

O que diríamos de um evangélico que investiu 4 milhões de reais em hospitais infantis e escolas? É uma boa e louvável ação, sem dúvida. Mas o que diríamos se a procedência desses 4 milhões fosse produto de roubo, onde um ladrão assaltou um banco e depois deu tudo ao evangélico, que por sua vez deu tudo para obras de caridade?

O investimento foi certo, porém o dinheiro é sujo, pois é produto de roubo. Administrar produto de roubo não traz bênção para quem o administra. Será por isso então que a maioria dos políticos evangélicos do Brasil não está sendo abençoada e ainda cai em escândalos?

Roubar para "ajudar" os pobres?

Como pode um evangélico (ou católico) ser um bom administrador de produto de roubo?

Muita severidade é injustamente atribuída a Deus por causa de seus mandamentos, mas ele nunca ordenou que o Estado roube dos cidadãos. O Estado faz isso por conta própria.

Na Bíblia, Deus orienta as pessoas a repartir com os pobres. Nunca Deus sugeriu que o Estado tem o poder e a autoridade de roubar de uns para dar para outros.

No plano de Deus, a repartição de bens deve ser motivada exclusivamente pelo amor ao próximo, não por tirania e abusos de impostos estatais. Quando o Estado usa sua força nessa área, o resultado é ódio e morte em grande escala.

O sistema socialista, que afirma apenas querer distribuir a renda entre as pessoas, é responsável por mais de 100 milhões de assassinatos.

O sistema socialista é uma afronta total aos ensinamentos de Jesus, que prega o amor e ações motivadas por amor.

Por isso, para alcançar um nível onde as pessoas sintam amor pelo próximo, a sociedade precisa do Evangelho. Quando o assunto é amor, o Estado é ineficaz e inútil. O Evangelho promove amor entre os cidadãos, sem roubar de uns para supostamente dar para outros. Mas quando o Estado, com a alegação de ajudar os pobres, rouba através de impostos, o ódio avança.

Por coincidência, nenhuma ideologia promoveu mais ódio e assassinatos do que o socialismo. Como então tantos evangélicos no Brasil podem abraçar uma ideologia maldita que derramou tanto sangue cristão durante a história da humanidade?

Como é que os evangélicos brasileiros, seguindo a direção dessa ideologia, conseguem entrar na política, querendo ser homens espiritualmente íntegros sendo ao mesmo tempo "bons" administradores de produtos de roubo através de impostos injustos?

Muitos evangélicos seguiram tal rumo e as conseqüências estão aí, mas o seguidor de Jesus age diferente. Ele entra no sistema político com os valores imutáveis e inabaláveis do Reino de Deus e muda o sistema. Ele não entra no sistema para se tornar apenas mais uma parte da engrenagem.

O seguidor de Jesus sempre faz diferença

O seguidor de Jesus entra no sistema político e, vendo os 40% de furtos estatais em impostos, luta para trazer justiça na forma e quantidade de o Estado cobrar e administrar os recursos públicos. O seguidor de Jesus levará o Estado a cumprir somente o chamado que Deus lhe deu: castigar os culpados e elogiar os bons.

Os que se opõem a Deus dizem que é crueldade dar mensalmente dez por cento da renda a Deus, porém nem mesmo entre o próprio povo de Deus ninguém questiona quando o Estado brasileiro cobra a força 40 por cento da renda do trabalhador!

A Bíblia diz que Deus deu ao Estado a autoridade de levar a espada - que significa a autoridade de usar a pena capital em criminosos perigosos. O Estado brasileiro leva a espada - que é o poder de fazer ameaça letal aos criminosos - não para acabar com a criminalidade e com os criminosos, mas para ameaçar os cidadãos bons com cobranças abusivas de impostos.

O Estado se tornou divino ao exigir dos cidadãos um "dízimo" compulsório quatro vezes maior do que o dízimo que é entregue ao único e verdadeiro Deus.

É impossível fazer a vontade de Deus na política sem fidelidade ao Reino de Deus. Os políticos evangélicos de São Gonçalo não são prova dessa realidade? Aliás, muitos políticos evangélicos de todo o Brasil são evidência desse fato. É impossível ser servo de Deus na política sendo "bom" administrador de produto de roubo.

Contudo, os políticos evangélicos são os únicos culpados pela falta de grande mudança positiva no Brasil? Os eleitores evangélicos do Brasil provavelmente são os maiores culpados, pois usam seu poder de voto quase sempre de forma errada. Quantos políticos pró-aborto e pró-homossexualismo que governam hoje o Brasil não foram eleitos por muitos evangélicos?

O seguidor de Jesus, ao ser confrontado apenas com opções de políticos corruptos na hora da eleição, se abstém. Mas o eleitor evangélico, ou católico, vota no "menos pior" - porque o mesmo Estado que lhe suga criminosamente impostos elevados também o doutrina sistematicamente que é "dever democrático" votar, seja em quem for.

O seguidor de Jesus não dá ouvidos ao Estado ladrão e a ideologias totalitárias. Ele dá atenção à voz do Espírito Santo.

Seja como político ou como simples eleitor, o seguidor de Jesus é realista, e entende que está lidando com um Estado que, em vez de cumprir sua função fundamental de castigar crimes reais, é praticante de crimes e furtos.

Seja como político ou como simples eleitor, o seguidor de Jesus se entrega nas mãos do Político supremo para trazer mudanças políticas ao Brasil. Ele não será simplesmente administrador do Estado ladrão, mas será servo do Reino de Deus na política brasileira, disposto a seguir toda ordem do Rei.

Vendo São Gonçalo, vi o Brasil evangélico do futuro! Agora vejo que o Brasil, mais do que nunca, precisa de um aumento de homens e mulheres fiéis ao Reino de Deus. São esses homens e mulheres que serão usados por Deus para transformar o Brasil.

Julio Severo é escritor, autor dos livros "Orações Proféticas" e "O movimento sexual" e de cinco obras publicadas na internet (e-books): "A agenda gay e a sabotagem dos Direitos Humanos", "Abortos no Silêncio"; "As ilusões do Movimento Gay", "Eutanásia: Matando os doentes, os deficientes e os idosos em nome de compaixão". Tradutor das obras "De volta ao Lar", de Mary Pride , e "O Deus do Sexo", de Peter Jones.

Conheça outros textos de Julio Severo:

http://juliosevero.blogspot.com/

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