Um milagre na nossa sensibilidade

Nossa confiança em Deus é superficial e seletiva, não valendo para todas as situações. Como é pequena a nossa fé...

Fonte: Guiame, Carlos Bezerra JrAtualizado: terça-feira, 19 de maio de 2015 às 13:38
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Tensão no horto próximo ao ribeiro de Cedrom. O roteiro de curas e milagres foi interrompido por uma cena de traição selada com um beijo. O sonho de transformação estava chegando ao fim.

Inconformado, Pedro desembainhou a espada e cortou a orelha direita de um servo do sumo sacerdote. "Os fins justificam os meios", deve ter pensado, numa espécie de maquiavelismo primitivo.

Difícil mudar o raciocínio após milhares de anos sob a égide da lei. Afinal, o "olho por olho" era bem mais razoável que as bem-aventuranças pregadas no sermão do monte. Durante a iminência de crises, geralmente sucumbimos à tentação de tentar resolver as coisas "no braço". Essa atitude revela que nossa confiança em Deus é superficial e seletiva, não valendo para todas as situações. Como é pequena a nossa fé...

"Guarde a espada", disse a Jesus a Pedro, ordenança que continua ecoando até hoje. Retaliações e vingança não têm lugar na cultura do Príncipe da Paz. Segundo a ética do sermão da montanha, vingadores são infelizes e não há filmes de Hollywood ou bravatas que alterem o poder dessas palavras.

A orelha de Malco foi instantaneamente curada por Jesus. Precisamos hoje de um milagre semelhante na nossa sensibilidade. Quem tem ouvidos, ouça...

 

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