Unasp comemora Dia do Historiador com programação cultural

Em comemoração ao Dia do Historiador (19 de agosto), o curso de História do Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo) organizou um domingo especial. No dia 22 de agosto, no auditório do ensino superior, os alunos do curso puderam conhecer mais sobre a sua profissão em um Programa de Extensão Cultural. Começando com uma exibição de fotos antigas do campus, seguidas de uma reportagem sobre a Biblioteca Nacional de Washington, EUA, a atração principal do evento foi a palestra realizada pelo doutor em História Social, Ubirajara de Farias Prestes Filho.

Sua tese de doutorado foi sobre a história de missionários adventistas. Doutor Ubirajara mencionou em sua palestra que a história do adventismo não deve ser ignorada, pois toda a ação humana é história. “A história do adventismo não deve ser desvinculada da história geral da humanidade. E muitas vezes os adventistas costumam fazer essa divisão”. Ubirajara lembra ainda que o historiador, pesquisador de fatos ao longo da história, deve ser motivado por uma curiosidade profunda. “Essa curiosidade nos desperta uma reflexão. É isso que importa. O historiador não está preocupado com os fatos em si, mas com a construção da memória e as interpretações que as pessoas tiveram ao longo do tempo”.

Segundo ele, um dos fatores imprescindíveis para uma boa pesquisa, e consequentemente, a reflexão, é a leitura. Leitura essa não só de documentos históricos. Durante a palestra, o historiador apresentou um poema de Carlos Drummond de Andrade, “Historiador”. Nesse momento, os futuros pesquisadores tiveram a oportunidade de interpretar o texto e discutir as aplicações e funções que o historiador exerce sobre a sociedade.

Outro ponto abordado foi a influência dos revisionistas da história em determinados eventos da história. Esse grupo lança dúvidas sobre o que é ensinado pelas escolas e pela mídia. Levando em conta essa situação, Ubirajara enfatizou a importância e necessidade do historiador escrever, não só para seus pares, mas para o público em geral. “O historiador precisa ser corajoso para levar suas ideias de forma simples e que alcance os diferentes públicos, não só acadêmicos”, encerra.