Voluntários da IURD visitam cidade alagoana devastada pelas chuvas

Voluntários da IURD visitam cidade alagoana devastada pelas chuvas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:20

As chuvas que afetaram 28 municípios alagoanos entre os dias 18 e 20 de junho foram ainda mais devastadoras no município de Branquinha, localizado a 62 quilômetros de Maceió, capital do estado. Lá, todas as escolas foram destruídas. O cartório da cidade, o único posto de saúde, parte do prédio da prefeitura, agências bancárias e boa parte do comércio da cidade – considerado o coração de Branquinha – também não resistiram à enxurrada e foram ao chão. Nem mesmo a prefeita do município, Ana Renata Moraes, escapou das inundações. Ela passou uma madrugada inteira no telhado de casa, com outras 11 pessoas.   Em solidariedade a essas famílias, pastores da Igreja Universal do Reino de Deus – sob o comando do bispo Sérgio Correa, responsável pelo trabalho evangelístico da IURD em Alagoas – e integrantes do Força Jovem deram continuidade às visitas aos municípios atingidos, levando os donativos arrecadados durante a semana nos templos da Universal de Alagoas. Até o sábado último (3) foram entregues 17 toneladas de alimentos e 200 mil peças de roupas, entre as cidades de Murici e Branquinha.   Já na entrada de Branquinha é possível encontrar famílias dividindo o mesmo espaço. Homens do Exército e da Polícia Militar do Rio de Janeiro e São Paulo também dão assistência às vítimas dentro de um hospital de campanha, montado a poucos quilômetros do Centro da cidade. Por lá, a palavra de ordem é reconstrução. "É um momento de reestruturação. Nós estamos aqui para ajudar nessa recuperação. Estamos cumprindo nosso dever como exército brasileiro", diz a subcomandante do hospital de campanha, major Simone Moura.   Para o capitão Kasai, da Defesa Civil de São Paulo, este foi um dos maiores desastres provocados pelas chuvas no Brasil. "Em São Paulo, no mês de janeiro, nós tivemos uma situação bastante parecida em um único município chamado São Luís do Paraitinga. Nos deparamos, aqui em Alagoas, com 15 São Luís do Paraitinga, ou seja, um problema multiplicado por 15", destaca o capitão, ao lembrar que, em situações como essa, é muito comum que as pessoas percam o controle emocional. "É preciso compreender que essas pessoas passaram por um processo traumático de sofrimento muito grande", reforça.   No que restou das casas, a água deixou sua marca. O trilho do trem permanece sem destino. Em Branquinha, pelo menos 700 famílias estão desabrigadas. Em meio aos escombros, famílias trabalham na retirada da lama das casas. O motorista João Odilon, de 67 anos, é um deles. Por vezes ele para e observa os escombros de sua residência. Mas não perde a esperança. "Estou procurando entre as telhas e os tijolos algum material que sirva para eu começar a reconstruir minha casa", explica.   Na Escola Estadual Juvenal Lopes Ferreira de Omena, localizada na parte alta da cidade, estão abrigadas 44 famílias. Entre elas, está o cortador de cana Vicente José de Oliveira, acompanhado dos animais de estimação que ele conseguiu salvar – pássaros, gatos, cachorros e um galo.   A chegada do caminhão com os donativos arrecadados nas Igrejas Universal devolveu, por alguns momentos, o sorriso de esperança no rosto daquelas pessoas. Na ordem da fila, todos receberam roupas, cestas básicas e uma palavra de fé. "Através da fé no Senhor Jesus, não só essas pessoas poderão reconstruir como também nunca mais voltarão a viver uma situação como esta. Jesus disse: ‘Eu vim para que todos tenham vida em abundância’. Quando a pessoa manifesta a fé em Deus, Ele traz essa prosperidade para que ela possa viver uma vida de qualidade aqui nesse mundo", reforça o bispo Sérgio.   Emocionada, a prefeita Ana Renata agradeceu a ajuda. "Tenho a agradecer a toda a Branquinha por tudo o que tem feito por mim e pelas pessoas que foram atingidas, bem como às cidades vizinhas e a todas as pessoas que vieram pessoalmente trazer os donativos. Já estamos no processo de estudo e planejamento para reconstrução da cidade", disse ela, sem desanimar. Uma luta reforçada pelas palavras do bispo Sérgio Correa: "A fé é o material de reconstrução."  

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