A cidade de Cologne, na Alemanha, apontou para a urgência com o andamento dos 'diálogos de crise', após 1000 "jovens bêbados e agressivos" de aparência árabe ou norte-africana terem sido presos, acusados de abusar sexualmente de pelo menos 80 mulheres, na véspera do Ano Novo.
O chefe da polícia de Cologne, Wolfgang Albers chamou a atenção para "uma dimensão completamente nova do crime", segundo a BBC News, e disse que a maioria dos crimes cometidos pelos rapazes foram registrados como roubos e furtos, mas também relatou dezenas de mulheres foram assediadas e estupradas.
O Prefeito Henriette Reker acrescentou que os ataques eram "monstruosos" e disse que as autoridades vão tomar uma posição firme contra esse crime.
"Não podemos permitir que isto se torne uma área sem lei", disse ela.
O jornal 'Telegraph' informou que os incidentes de violência foram relatados em Hamburgo, bem como, com as testemunhas descrevendo grupos de cinco a 15 homens "caçando" as mulheres nas ruas da cidade.
O ministro da Justiça da Alemanha, Heiko Maas afirmou que "não vão mais tolerar esses ataques abomináveis contra as mulheres - todos os responsáveis devem ser levados à justiça", mas também advertiu que seria incorreto falar sobre os crimes só em termos relacionados à crise com refugiados em curso na Europa.
Correspondente da BBC em Berlim, Damien McGuinness disse que os ataques "chocaram" a Alemanha, especialmente tendo em conta que eles parecem ter sido planejados.
"O que é particularmente perturbador é que os ataques parecem ter sido organizados. Cerca de 1.000 jovens chegaram em grandes grupos, aparentemente com a intenção específica de realizar ataques contra as mulheres", escreveu ele.
A Alemanha celebrou a chegada de 800.000 refugiados provenientes da Síria e de outros lugares do Oriente Médio, que fogem da guerra e do terrorismo, embora o fluxo de refugiados tenha causado tensão significativa e debate entre as nações europeias.
A Política de 'portas abertas' da chanceler alemâ Angela Merkel sobre a imigração também foi duramente criticada pelo movimento anti-islâmico 'Pegia', que tem sido palco de marchas em várias cidades, alertando que os alemães ficarão cada vez mais expostos ao perigo.
"Estou convencido de que a política de Merkel é contra os interesses nacionais", disse o defensor do movimento 'Pegia', Max Haupt durante um comício em Dresden, no mês de outubro. "Estou muito perturbado com isso. É quase traição. Ela esqueceu o juramento que ela fez quando foi empossada".
Merkel defendeu sua política, no entanto, argumentando que não há nenhuma maneira prática de limitar o número de refugiados que chegam.
"Você não pode simplesmente fechar as fronteiras", disse a líder alemã em uma entrevista.
Merkel encontrou alguma oposição dentro de seu partido União Democrata Cristã, no entanto, o parlamentar Steffen Bilger twittou após os ataques:
"Isso não pode continuar assim. Urgente: Redução do influxo, fronteiras seguras, intensificação das deportações e justiça significativa #Cologne".
As autoridades alemãs também tiveram de lidar com uma ameaça de bomba de alto nível em Munique, às vésperas do Ano Novo, com fontes de inteligência alertando que até sete suicidas tinha planejado atacar duas das estações de trem da cidade.
O jornal 'The Guardian' observou que a ameaça obrigou a polícia a fechar seções da cidade, com a implantação de cerca de 550 agentes para vários locais.
A porta-voz da polícia de Munique, Elizabeth Matzinger disse que há fortes razões para acreditar que o grupo terrorista Estado Islâmico estava por trás dos ataques suicidas planejados.
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